Fechar menu lateral

Construção de um terrário

Logomarcas da UFJF, Colégio de Aplicação João 23 e Grupo de Estudos e Pesquisas CiensinarDepartamento de Ciências Naturais
Programa Ciensinar/ Apoio: Pró-reitoria de Extensão UFJF – 2019

 

Objetivo: Ajudar a desenvolver diversos conceitos como: tipo de solo, ciclo da vida dos animais e vegetais, de espaço, de ecossistema, equilíbrio, entre outros.

Material:
● Recipiente para montar o terrário (deve ser transparente, de boca larga e de plástico, vidro ou garrafa PET, ou garrafa de água de 5 litros).
● Carvão (servirá para absorver componentes orgânicos, evita o mau cheiro e a proliferação de fungos). O ideal é que esteja quebrado em pequenos pedaços;
● Pedrinhas para forrar o fundo do recipiente;
● Areia;
● Solo para jardim (de preferência adubado) – Meia sacola de supermercado é suficiente por aluno;
● Saco plástico transparente, barbante (para fechar o terrário) ou papel filme, para fechar o recipiente; Caso o recipiente tenha tampa transparente, não é necessário o plástico e barbante;
● Seres vivos de pequeno porte (muda de plantas e/ou sementes e animais como tatuzinho, minhoca, insetos, joaninha). Os alunos devem trazê-los de casa ou coletá-los no entorno da escola no dia da atividade;
● Cascas de legumes ou frutas, que podem ser aproveitadas da cantina da escola ou trazidas pelos alunos;
● Mudas de plantas, musgos com terra, pequenas plantas com raiz;
● Água.

Procedimento:
1. Pegue o recipiente e veja se está adequado para o uso;
2. Coloque as pedras, seguida da areia e depois o carvão;
3. Coloque a terra adubada para formar a superfície do solo;
4. Coloque as cascas dos legumes misturados ao solo (solicite ajuda do professor para verificar se ficou adequado);
5. Plante as mudas dos vegetais e/ou sementes;
6. Coloque os animais;
7. Coloque um pouco de água; Para verificar a quantidade de água, chame o professor para que ele veja o tamanho do terrário e a umidade da terra;
8. Tampe o terrário (pode ser feito com papel filme ou saco plástico)
9. Agora, faça um pequeno relatório com tudo o que você fez o quais seres vivos estão no seu terrário.

  • Registro das atividades de confecção do terrário. Data:
  • Registro semanal das atividades: você deve anotar tudo o que puder observar do que está dentro do terrário.
    1 º dia de observação. Data:
    2 º dia de observação. Data:
    3º dia de observação. Data:
    4 º dia de observação. Data:

 

Questões para pensar, discutir e responder:

1. De onde provém a água e os sais minerais que as plantas utilizam?
2. Como a água usada pelas plantas é reposta no terrário?
3. De onde vem o CO2 que as plantas usam no processo da fotossíntese?
4. De onde vem o O2 que as plantas usam em sua respiração?
5. Como ocorre o ciclo da água nesse ecossistema? Esquematize-o.
6. Monte a cadeia alimentar observada no terrário.

 

ORIENTAÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A):

Este material foi adaptado e aplicado em turmas do 6º ano do Ensino Fundamental, embora seja possível adaptá-lo e aplicá-lo a outros contextos.

A atividade, se for bem desenvolvida e trabalhada em sala, permite a observação de diversos conteúdos de forma integrada, como cadeias alimentares, equilíbrio de ecossistemas, camadas do solo, percepção da umidade como um componente importante para o equilíbrio de ecossistemas, decomposição de matéria orgânica, ciclo da água, fotossíntese e respiração, efeito da luminosidade sobre o equilíbrio dos ecossistemas, dentre outros.

Como é uma atividade cuja ideia é ser totalmente produzida pelos alunos, deve-se instruí-los a manterem a calma e terem cuidado com o excesso de sujeira produzida (cobrir as mesas com jornais ou realizar a atividade em local mais aberto podem auxiliar).

Oriente cuidadosamente seus alunos sobre a escolha da planta a ser colocada. Como normalmente o terrário é pequeno, as plantas escolhidas devem ter tamanho compatível com o ambiente no qual ficarão. Além disso, é muito comum que os alunos tragam pedaços arrancados de plantas sem a raiz, o que quebrará a cadeia alimentar que se pretende montar. Uma sugestão é que os alunos tragam plantas de pequeno porte retiradas com raiz do mesmo ambiente no qual visualizaram animais pequenos, como insetos, por exemplo. Isso aumenta as chances de que o animal encontre alimento no terrário e sobreviva por mais tempo. Minhocas também são muito bem vindas, embora seja mais adequado mantê-las em terrários maiores. Quanto maior o terrário, maiores são as possibilidades! Deixe espaço para lodo (musgos) coletados junto ao solo natural; na ocorrência de boa umidade, eles se darão muito bem.

A adição da água precisa ser cuidadosamente monitorada. O terrário não pode ficar demasiadamente molhado, sob o risco de apodrecimento do material. Outro ponto é o fechamento do mesmo; sugerimos o fechamento com papel filme em ambiente no qual este material seja dificilmente danificado. Caso não seja possível, deve-se fechar o recipiente com plástico e barbante (ou elástico). O plástico não pode ter nenhum furo, pois a ideal é que o terrário não troque gases com o ambiente, além de que furos podem permitir a fuga de animais ali colocados.

Durante a fase de observação do terrário pronto, é necessário que os alunos recebam instruções direcionadas ao que deve ser observado, pois é comum a frustração gerada pela morte dos animais/plantas ou pelo hábito de alguns animais ficarem enterrados e, portanto, não serem observados. Todo o ambiente deve ser observado: as plantas estão vivas? Tem água no plástico ou tampa do terrário? Por que isso ocorreu? As cascas de alimentos já começaram a se decompor? Deu alguma coisa errada no meu terrário (falta de água, água demais, bichos errados)? Se todos os bichos morreram, significa que este terrário não tem mais vida?

Por fim, atente-se à luminosidade recebida pelo terrário. O ideal é que o mesmo receba pelo menos luz indireta, e não fique por muitas horas exposto à luz direta, se for o caso.

A construção do terrário é uma atividade aplicável a uma aula de 50 minutos, desde que os recipientes já estejam cortados e todos os materiais disponíveis.

Este material foi produzido pelo Colégio de Aplicação João XXIII e não representa a construção inédita e original de um protocolo de experimentação, mas reflete as experiências, adaptações e reflexões produzidas pelos professores do colégio na sua prática pedagógica. Deve ser entendido, portanto, como uma produção coletiva e em constante aperfeiçoamento. O professor é livre para reproduzir, modificar ou reportar qualquer inviabilidade deste material aplicada a seu contexto profissional, sendo vedado o uso comercial das reflexões produzidas. Este material foi disponibilizado em versão HTML para possibilitar maior acessibilidade dos roteiros ao professor, porém sua proposta pedagógica não contempla estudantes cegos. Trabalharemos para que no futuro atividades como esta sejam disponibilizadas com foco neste público.

Para mais informações, consulte a licença “Creative Commons CC BY-NC-SA”, atribuída a este material.