Por Márcia Hara.
A montagem de uma composteira pode ser uma proposta interessante para introduzir a discussão sobre decomposição, tipos de solo, além de ser uma maneira de atrair atenção inicial para a discussão de consumo consciente. Dessa forma, aumenta-se o interesse e estimula-se o hábito da redução na produção de lixo.
Mãos à obra!
Não é complicado. Fazer uma composteira na escola requer um pequeno espaço que não esteja cimentado.
Em nossa experiência, com uma turma de sexto ano do ensino fundamental, delimitou-se um espaço, com tijolos empilhados. Forrou-se o fundo com folhas secas, colocou-se terra e a mesma proporção de restos orgânicos. Você pode optar por colocar algum adubo (como esterco) ou optar por minhocas. Cubra tudo com folhas secas e molhe sempre.
Coloque restos orgânicos toda semana. Podem ser cascas de frutas e legumes, verduras, restos de comida. Atenção, pois não podem ser colocados: carnes e frutas cítricas, pois atraem formigas que, por sua vez, podem se alimentar das minhocas. Revire a terra a cada semana.
Os alunos acompanharão as mudanças nas características da terra, a decomposição dos vegetais, assim como irão estudar o papel das minhocas. O projeto motiva a discussão sobre como reduzir o lixo e como praticar consumo consciente. Posteriormente, em nossa experiência, observou-se, inclusive, a mudança no solo, através do húmus, analisado em lupa, dentro do espaço do laboratório.
É importante que a discussão da educação ambiental ocorra nos espaços escolares, mas é também fundamental que essa reflexão tenha como foco a mudança de hábitos e de padrões de consumo. Que tal propor uma reflexão dos alunos sobre o ambiente, numa perspectiva da sustentabilidade e da mudança de postura perante a crise civilizatória? As alternativas são muitas e igualmente enriquecedoras.
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