1 – Cientistas da Transilvânia criam “sangue artificial universal”
2 – Curiosity encontra evidências de antigo lago de água doce em Marte
3 – Superbarata sobrevive a invernos rigorosos
4 – Lançado o livro vermelho da flora brasileira
1 – Cientistas da Transilvânia criam “sangue artificial universal”
Ratos tratados com o sangue artificial não apresentaram nenhum efeito colateral
Pesquisadores da Transilvânia, na Romênia, anunciaram recentemente a criação do primeiro “sangue artificial” que promete compatibilidade completa com qualquer organismo, sem efeitos colaterais mortíferos.
O pulo do gato é o seguinte: em vez da hemoglobina do sangue nosso de cada dia, esse novo sangue conta com a hemeritrina. Essa proteína, extraída de vermes marinhos, é então misturada com água e sais para consumar a invenção, que deve ajudar médicos a reduzir os índices de infecção das doações de sangue.
Em entrevista ao jornal romeno Descopera, o Dr. Radu Silaghi-Dumitrescu confirmou que ratos tratados com o sangue artificial não apresentaram nenhum efeito colateral, mas disse que a reação dos animais precisa ser observada por mais tempo antes de começarem os testes em humanos, previstos para ocorrer nos próximos dois anos.
Assim como a hemoglobina, a hemeretrina transporta oxigênio, sendo encontrada apenas em invertebrados. Uma das diferenças que pode causar estranhamento está na cor: em vez de vermelho, o sangue feito com hemeretrina é de um amarelo translúcido, que lembra a urina. Os pesquisadores garantem que “pintar” o sangue de outra cor não será um problema.
É justamente a hemeretrina, segundo os cientistas, que permite ao sangue artificial se adequar tão bem a qualquer organismo, já que ela resiste melhor ao procedimento.
Silaghi-Dumitrescu, cujo time vem trabalhando neste projeto há seis anos, espera que seu produto contribua para a criação de um “sangue instantâneo”, que funcionaria como os sucos de pó: basta adicionar água, e você teria sangue pronto para o – digamos -consumo. (Zero Hora) http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/planeta-ciencia/noticia/2013/12/cientistas-da-transilvania-criam-sangue-artificial-universal-4362540.html
2 – Curiosity encontra evidências de antigo lago de água doce em Marte
Tipo de rocha encontrado sugere que tenha existido água e, possivelmente, vida no planeta vermelho
A sonda americana Curiosity encontrou pela primeira vez na superfície de Marte evidências diretas da existência, no passado, de um lago de água doce no planeta vermelho, anunciaram cientistas nesta segunda-feira.
Já não há água atualmente no local, mas os testes de perfurações e análises químicas realizadas pelo robô Curiosity em rochas sólidas sugerem que houve condições para que houvesse vida microbiana neste lago há 3,6 bilhões de anos.
As rochas analisadas contêm traços de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre, e teriam “proporcionado condições ideais para uma vida microbiana básica”, informaram os cientistas em um estudo publicado na revista Science e analisado em uma reunião da União Geofísica Americana (AGU, na sigla em inglês), em San Francisco, Califórnia.
Formas microscópicas de vida bacteriana, conhecidas como quimiolitoautótrofas, prosperam em condições similares na Terra e no geral são encontradas em cavernas ou debaixo do mar em fontes hidrotérmicas.
– Esta é a primeira vez que encontramos realmente rochas em Marte que proporcionam evidência da existência de lagos – diz Sanjeev Gupta, professor do Imperial College de Londres e co-autor da pesquisa.
– É fantástico porque os lagos são um ambiente ideal para que uma vida microbiana elementar possa se desenvolver e preservar – afirma.
Embora não tenha sido detectada nenhuma forma de vida nas rochas, o cientista explicou que o Curiosity executou perfurações em fragmentos de pedra arenisca e barro e encontrou minerais argilosos que sugerem uma interação com a água.
Confiança no futuro da missão
A pedra arenisca encontrada parece similar à existente nos rios da Terra, o que sugere, segundo cientistas, que um rio desaguava neste lago, que se encontra aos pés de uma pequena montanha.
Os cientistas já encontraram provas da existência de água em Marte em outro local da superfície do planeta vermelho e pesquisas feitas por sondas anteriores levam a crer fortemente na existência de lagos no passado.
O Curiosity, que chegou à cratera Gale no equador marciano em 6 de agosto de 2012 e é o veículo mais sofisticado enviado até agora a outro planeta, já constatou que o planeta vermelho foi propício para a vida microbiana em um passado distante, objetivo principal de sua missão de dois anos.
Estes últimos resultados oferecem “a prova mais eloquente de que Marte teve em algum momento as condições necessárias para o desenvolvimento da vida”, destacou o estudo.
A Nasa, agência espacial americana, escolheu a cratera Gale em particular por suas diferentes camadas sedimentares, que poderiam permitir datar os períodos em que Marte foi apto a abrigar vida.
A próxima etapa consistirá em analisar amostras de uma grossa pilha de rochas na superfície da cratera para reunir mais provas de um entorno habitável, disse o professor Gupta.
Estes novos resultados “nos dão confiança no futuro desta missão e no fato de que devemos continuar explorando” o planeta vermelho, prosseguiu.
O robô Curiosity, com custo total de US$ 2,5 bilhões, é operado pela Nasa do laboratório de Pasadena, na Califórnia. (Zero Hora com informações da AFP)
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/planeta-ciencia/noticia/2013/12/curiosity-encontra-evidencias-de-antigo-lago-de-agua-doce-em-marte-4360159.html
3 – Superbarata sobrevive a invernos rigorosos
Visto pela primeira vez nos EUA, inseto aguenta temperaturas abaixo de zero durante meses
Uma espécie de barata capaz de suportar temperaturas congelantes acaba de ser encontrada em Nova York pela primeira vez. APeriplaneta japonica, normalmente achada no Japão, é capaz de sobreviver a invernos rigorosos – diferentemente das espécies nativas da cidade americana. Cientistas da Universidade de Rutgers dizem que a espécie nunca havia sido achada nos EUA até agora.
A criatura foi detectada pela primeira vez em Manhattan em 2012, por um membro do grupo de controle de pestes, que trabalhava numa área destinada a ser transformada num parque. Na época, acreditou-se que a barata havia chegado aos EUA misturada à terra de uma das plantas orientais importadas para a decoração da região.
A Periplaneta japonica é capaz de sobreviver a temperaturas abaixo de zero e é conhecida por hibernar durante os meses de inverno. A descoberta foi documentada na “Revista de Entomologia”, que publica descobertas sobre insetos.
Os cientistas garantem que não há por que temer uma infestação das baratas japonesas no continente americano, apesar do inverno rigoroso. As baratas são conhecidas por sua extrema capacidade de adaptação. Algumas são capazes até de sobreviver à radiação nuclear. Ainda assim, os especialistas acreditam que elas não devem encontrar um ambiente muito propício à reprodução nos EUA. (O Globo) http://oglobo.globo.com/ciencia/superbarata-sobrevive-invernos-rigorosos-11031356#ixzz2nACzV3sX
4 – Lançado o livro vermelho da flora brasileira
Na semana que passou foi lançado o Livro Vermelho da Flora Brasileira, (http://cncflora.jbrj.gov.br/LivroVermelho.pdf) um trabalho importantíssimo que permite que conheçamos ao menos parte dos perigos que cercam 4.617 espécies da flora brasileira. Apesar de isso ser equivalente a apenas cerca de 10% da diversidade de plantas em nosso país, a meta é que, até 2020, se conclua a avaliação de risco de extinção de todas elas.
Foram contabilizadas 5.642 ameaças, constatando-se que a perda de habitat e a degradação são as principais ameaças à flora nacional.
Assim, fica claro que precisamos de maior coordenação em nossos esforços para gerenciar os conflitos decorrentes do uso da terra. Carbono Brasil de 10.12.2013