1 – Tubarões brancos visitam a costa com mais frequência do que se imaginava
2 – Nova espécie de peixe elétrico imita carga elétrica do poraquê
1 – Tubarões brancos visitam a costa com mais frequência do que se imaginava
Pesquisa vem acompanhando mais de cem predadores desde 2009
A localização de satélite de ferozes predadores está revelando uma imagem intrigante de suas viagens de longa distância. Uma pesquisa que faz parte do “Ocearch Global Shark Tracker Project”, que tem acompanhado cem tubarões desde 2009, mostrou que os tubarões brancos se aproximam mais dos humanos do que se pensavam e podem viajar mais de 4.800 quilômetros em apenas três meses.
Ainda apesar destas grandes distâncias, o peixe é capaz de navegar com grande precisão, geralmente retornando ao mesmo ponto onde eles estiveram no mesmo período do ano anterior.
Os tubarões também se aproximam da zona costeira do leste dos Estados Unidos e da África do Sul com muito mais frequência do que os cientistas acreditavam. Mas em vez de ser motivo de preocupação, os cientistas dizem que isto pode sugerir que os predadores têm muito menos interesse nos humanos do que nosso medo nos faz acreditar.
– Estamos vendo que eles são muito mais dinâmicos do que pensávamos – afirmou ao “Telegraph” o cientista Gregory Skomal, do Programa de Pesquisa de Tubarão de Massachusetts. – O que é fascinante é que eles se aproximam da costa regularmente e têm feito isso por centenas de anos, mas sem serem notados. Então eu não acho que haja qualquer razão para se alarmar.
A marcação foi realizada como parte de um projeto para monitorar o que os grandes tubarões brancos fazem quando não estão em áreas de caça. (O Globo)
http://oglobo.globo.com/ciencia/tubaroes-brancos-visitam-costa-com-mais-frequencia-do-que-se-imaginava-9784406#ixzz2dq4Ynp25
2 – Nova espécie de peixe elétrico imita carga elétrica do poraquê
Para o pesquisador do Inpa, Jansen Zuanon, esta pode ser uma forma inédita de mimetismo na biologia
Duas novas espécies de peixes elétricos, Brachyhypopomus walteri e Brachyhypopomus bennetti, foram descobertas pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Jansen Zuanon; Cristina Cox, do departamento de biologia da Universidade de Massachusetts; e John Sullivan, do Museu de Vertebrados da Universidade de Cornell, ambos dos Estados Unidos (EUA).
Segundo o pesquisador do Inpa, essas duas espécies produzem um sinal elétrico muito fraco, impossível de sentir ao contato. “Essas espécies não são como o poraquê, que também faz parte do gênero Brachyhypopomus, capaz de atordoar uma pessoa que tenha contato com ele por conta da sua carga elétrica forte”, disse.
As duas novas espécies são muito semelhantes entre si e foram classificadas no subgêneroOdontohypopomus, por serem as únicas que possuem dentição. E, de acordo com estudo, os sinais elétricos desses peixes são utilizados basicamente para comunicação entre as espécies e para localizar presas e predadores.
“A espécie Brachyhypopomus walteri possui carga elétrica bifásica, já a espécieBrachyhypopomus bennetti, possui carga monofásica positiva, e seus sinais elétricos irregulares, se assemelham ao do poraquê. Acreditamos que o Brachyhypopomus bennetti possa imitar esses sinais como forma de defesa contra os predadores, se tornando uma forma inédita de mimetismo na biologia”, explicou Zuanon.
Hábitos
Ainda de acordo com o pesquisador do Inpa, esses peixes são comuns e abundantes em ambientes de várzea, que são as áreas alagadas de rios de águas barrentas, e vivem entre os capins flutuantes encontrados ao longo dos rios (as macrófitas), onde se alimentam e se reproduzem no meio das raízes.
“Essas novas descobertas na várzea, que é o melhor ambiente conhecido da Amazônia, nos fazem lembrar que ainda temos muito que conhecer e descobrir da diversidade de peixes da nossa própria floresta”, finalizou Zuanon. (Fernanda Farias/Assessoria de Comunicação Inpa)http://www.inpa.gov.br/noticias/noticia_sgno2.php?codigo=2909