1 – Videoaulas de microscopia eletrônica está na Internet
2 – Mudanças climáticas reduzem PIB global em US$ 1,2 tri por ano
1 – Videoaulas de microscopia eletrônica esta na Internet
Curso está sendo disponibilizado no canal do LNNano no Youtube.
O Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) está publicando em seu canal do Youtube uma série de vídeoaulas sobre Microscopia Eletrônica de Transmissão com, em média, 1 hora e 20 minutos de duração. Já foram inseridas nove aulas e, em 30 dias, os vídeos superaram a marca de 1.500 visualizações. De acordo com as estatísticas do Youtube, as aulas estão atraindo o interesse do público de 43 diferentes países, de todos os continentes, sendo cerca de mil visualizações do Brasil. As demais foram divididas entre países da Europa, principalmente do Reino Unido, Alemanha e França; América do Norte – Estados Unidos, México e Canadá; e Ásia e Oriente Médio, liderados pela Índia, Turquia e Emirados Árabes. A América Latina está representada por seis países, com destaque para o Peru.
Os vídeos foram gravados durante o 4º Curso Teórico-Prático de Microscopia Eletrônica de Transmissão, que reuniu 58 participantes em janeiro de 2012, e abordou aspectos fundamentais e tópicos avançados de microscopia eletrônica, incluindo aplicações de difração, espectroscopia de perda de energia e técnicas de microscopia in situ. As aulas foram transmitidas ao vivo pela internet e acompanhadas em tempo real por mais de 750 pessoas, número que agora, por meio da publicação no Youtube, foi multiplicado por dois em menos de um mês. Trata-se do primeiro curso sobre microscopia eletrônica organizado no formato de aulas ministradas por especialistas de vários de países, disponível na Web.
Até o momento, foram disponibilizadas nove aulas ministradas por pesquisadores do próprio LNNano – Carlos Inoki, Jefferson Bettini e Luiz Fernando Zagonel – e por convidados – Mathieu Kociak (Universidade Paris Sud, França), Thomas Hansen (Technical University of Denmark, Dinamarca), Raúl Arenal (Instituto Nanociencia de Aragon, Espanha), Marin van Heel (Leiden University/Imperial College London, Holanda/Reino Unido) e André Luiz Pinto (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas). Outras aulas estão em processo de edição e serão disponibilizadas em breve.
LNNano integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, responsável também pela gestão dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio) e Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE).
Confira o canal do LNNano: http://www.youtube.com/user/NanotecLNNano. (Ascom do CNPEM)
2 – Mudanças climáticas reduzem PIB global em US$ 1,2 tri por ano
Perdas dobrarão em 2030 e afetarão mais os países pobres. Brasil lidera o ranking entre aqueles que têm mais a perder nas próximas décadas.
As mudanças climáticas e uma economia à base de combustíveis fósseis estão custando, por ano, uma redução de 1,6% do PIB global – o equivalente a US$ 1,2 trilhão. A partir de 2030, esta quantia deve dobrar, segundo um relatório divulgado ontem (26) pelo grupo independente Dara, sediado em Madri, e pelo Fórum de Vulnerabilidade Climática.
Entre os 22 países que compõem o Dara, todos ameaçados pelos extremos climáticos, diversos já sentem em sua economia os impactos provocados pelos combustíveis fósseis. O governo de Bangladesh, por exemplo, fez os cálculos: a cada um grau Celsius acrescido nos termômetros, seu país perde 10% de produtividade na agricultura. São quatro milhões de toneladas métricas de alimentos que deixam de ser comercializadas. A nação asiática deixa de lucrar US$ 2,5 bilhões, o mesmo que 2% de seu Produto Interno Bruto.
Outras nações em desenvolvimento viverão situações ainda piores. Alguns países mais pobres perderão até 11% do PIB até 2030, segundo o relatório. E, embora o choque maior seja sentido por esse grupo, os desenvolvidos também devem ser atingidos pela futura recessão global.
O clima vai impor um baque significativo nas duas maiores economias do mundo. A China perderá até US$ 1,2 trilhão de suas finanças em menos de 20 anos, segundo a previsão do relatório. No mesmo período, o PIB americano vai regredir em mais de 2%.
“Foi surpreendente chegar a estas cifras, porque todos os outros estudos sobre o impacto das mudanças climáticas acreditavam que paraticamente não haveria qualquer motivo para se preocupar com a economia global, ao menos não antes de 2050”, admitiu o editor do relatório e diretor da Iniciativa de Vulnerabilidade Climática do Dara, Matthew McKinnon.
Segundo o relatório, o Brasil tem vulnerabilidade “moderada” aos extremos climáticos. Ainda assim, lidera o ranking entre aqueles que têm mais a perder nas próximas décadas, com os prognósticos para a biodiversidade. “O Brasil enfrenta uma grande perda de biodiversidade, com áreas inteiras ameaçadas pelas mudanças climáticas”, explicou McKinnon. “Enquanto a temperatura aumenta, os biomas não podem se mover. Reverter o desmatamento de forma agressiva atenuará as perdas provocadas pelas mudanças climáticas e reforçará a capacidade de resistência do meio ambiente”.
Mortes – O clima fará mais do que arrasar a economia global. De acordo com o relatório, cinco milhões de pessoas morreriam por ano até 2030 devido à poluição do ar, fome ou doenças relacionadas às mudanças climáticas ou combustíveis fósseis – até aquele ano, portanto, e contando desde o início do relatório, em 2010, seriam 100 milhões de vítimas. A partir de então, o número subiria para seis milhões. Mais de 90% das mortes seriam em países em desenvolvimento.
“Estamos todos no mesmo barco, e ele está afundando”, alertou, em entrevista coletiva em Nova York, o presidente das Ilhas Maldivas, Mohamed Waheed. (O Globo)