1 – Maio de 2014 foi o mais quente desde 1850
2 – Cientistas descrevem recife fóssil de meio bilhão de anos
3 – Cientista instala 40 câmeras em montanha e descobre ‘inúmeros’ mamíferos
1 – Maio de 2014 foi o mais quente desde 1850
A temperatura média na superfície terrestre e dos oceanos atingiu 15,54ºC em maio, o que representa 0,74°C a mais do que a média de 14,8°C no século 20
O ano de 2014 registrou o mês de maio mais quente desde que as medições começaram, em 1880, anunciou nesta semana a Nooa (Agência Americana Oceânica e Atmosférica).
A temperatura média na superfície terrestre e dos oceanos atingiu 15,54ºC em maio, o que representa 0,74°C a mais do que a média de 14,8°C no século 20. Também foi o 39º mês de maio consecutivo e o 351º mês seguido em que a temperatura global esteve acima da média do século passado.
A maior parte do planeta viveu em maio deste ano temperaturas mais quentes do que a média, com picos de calor no leste do Cazaquistão, partes da Indonésia e noroeste da Austrália. (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/172951-maio-de-2014-foi-o-mais-quente-desde-1850.shtml
2 – Cientistas descrevem recife fóssil de meio bilhão de anos
Resultados sugerem que a evolução de interações ecológicas mais complexas entre presas e predadores surgiram antes mesmo da chamada “Explosão do Cambriano”
O cenário da escavação é o oposto do que a imaginação sugere. E os fósseis em questão passariam certamente despercebidos aos olhos de um leigo, que, mesmo prestando atenção, não veria ali nada mais do que algumas manchas esquisitas numa rocha.
Meio bilhão de anos atrás, porém, essa região desértica no interior da Namíbia era parte de um oceano. E as manchas e ranhuras que aparecem em algumas de suas rochas, hoje expostas ao sol, são os restos fossilizados daquele que pode ter sido um dos ecossistemas recifais mais primitivos da Terra.
A descoberta foi feita por pesquisadores britânicos, em parceria com o Serviço Geológico da Namíbia, e publicada na edição de hoje da revista Science (http://www.sciencemag.org/content/344/6191/1504).
O trabalho descreve um recife fossilizado do final do período Ediacarano, com idade estimada de 548 milhões de anos, dominado no seu ápice por um animal chamado Cloudina, que, a exemplo dos corais atuais, vivia de forma agregada e era capaz de sintetizar (ou biomineralizar, na linguagem científica) um exoesqueleto calcário ao redor de seus tecidos moles – formando estruturas parecidas com uma pilha de cones de sorvete, que ficavam presas ao substrato marinho e provavelmente balançavam ao sabor das correntes.
Se a datação e a interpretação dos fósseis estiverem corretas, eles representam o recife mais antigo de que se tem notícia no registro fóssil da vida animal no planeta Terra. Há recifes fossilizados muitos mais antigos do que isso – da ordem de três bilhões de anos – formados por cianobactérias e outros microrganismos, mas não por animais.
As implicações evolutivas disso são interessantes. Significa dizer que interações ecológicas complexas como a de um ecossistema recifal já existiam no final do Ediacarano, alguns milhões de anos antes da chamada Explosão do Cambriano, uma grande multiplicação e diversificação de formas de vida na Terra que aparece no registro fóssil a partir daquele período, iniciado há 541 milhões de anos.
Os autores propõem que a capacidade das Cloudinas de biomineralizar conchas, cimentadas entre si, e com isso construir um sistema recifal representa uma adaptação evolutiva de defesa contra o ataque de predadores. Um cenário ecológico que acreditava-se ter surgido apenas no Cambriano, alguns milhões de anos mais tarde.
“Isso mostra que a coevolução de presas e predadores começou bem antes do que se pensava”, diz a paleobiólogaMírian Liza Pacheco, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que estuda a biota do Ediacarano. “É mais um indício da existência de predadores antes da ‘Explosão do Cambriano’.”
Não há nenhuma evidência direta da existência de predadores nesse período, mas há algumas evidências indiretas. Entre elas, a presença de furos nas conchas de Cloudinas, que os cientistas acreditam terem sido feitas por predadores capazes de perfurar o exoesqueleto para se alimentar das partes moles dos animais do lado de dentro.
Segundo Mírian, acredita-se com base em evidências fósseis que os primeiros animais de corpo mole surgiram cerca de 580 milhões de anos atrás. E alguns deles, então, podem ter atuado como predadores das Cloudinas, que precisaram desenvolver formas de se proteger. “Estaríamos vendo já no Ediacarano um prelúdio daquilo que viria a acontecer em maior escala no Cambriano”, diz.
O trabalho na Science foi liderado por AmeliaPenny e Rachel Wood, da Universidade de Edimburgo, na Escócia. (Herton Escobar, estadao.com.br)
http://estadao.br.msn.com/ciencia/cientistas-descrevem-recife-f%C3%B3ssil-de-meio-bilh%C3%A3o-de-anos
http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2014/06/27/A17.pdf
3 – Cientista instala 40 câmeras em montanha e descobre ‘inúmeros’ mamíferos
Experimento realizado na Nova Guiné foi financiado por ‘crowdfunding’ na internet
Cientistas australianos anunciaram nesta semana terem descoberto “inúmeras” espécies de mamíferos na Nova Guiné, após instalarem 40 câmeras fotográficas em uma montanha no Norte do país. Dentre os animais até então desconhecidos, está um novo canguru do tamanho de um cachorro.
Com verbas arrecadadas na internet por meio do “crowdfunding”, o ecologista e pesquisador da Universidade de Deakin. Euan Ritchie, colocou equipamentos espalhados pela cordilheira Torricelli. As máquinas eram capazes de fazer fotos quando animais se aproximavam, mesmo em períodos noturnos.
Ao coletar as imagens, Ritchie se deparou não só com espécies ameaçadas de extinção, mas também com outras até então desconhecidas pela Ciência. Uma delas é o wallaby dorcopsulus, um pequeno canguru que lembra mamíferos caninos. Segundo o cientista, também surgiram outros tipos de marsupiais e roedores que ainda não tinham sido catalogados. Os pesquisadores também conseguiram tirar fotos de uma das áves da espécie Pitohoui , a única que é venenosa do mundo.
O projeto de Ritchie foi feito em parceria com a Aliança de Conservação do Tenkile (TCA, em inglês), que visa a proteger de extinção o mamífero de mesmo nome, encontrado principalmente na montanha onde foram instaladas as câmeras. (O Globo, com Agências) http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientista-instala-40-cameras-em-montanha-descobre-inumeros-mamiferos-13039767#ixzz35qPgo5sW