1 – Até 2015, tonelada de CO2 deve custar US$ 32 para conter emissões
2 – EUA anunciam plano contra pesca abusiva e contaminação dos oceanos
3 – Quase metade dos ecossistemas de água doce europeus estaria ameaçada
4 – Inpa lança versão impressa de Guia de Cobras e Guia de Biodiversidade
1 – Até 2015, tonelada de CO2 deve custar US$ 32 para conter emissões
Dados são de pesquisa divulgada nesta segunda-feira. Cifra deveria limitar a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera
Adotar até 2015 um preço internacional de pelo menos US$ 32 (EUR 24) por tonelada de carbono (tCO2) seria necessário para conter de forma eficaz o aquecimento global, estimou um estudo publicado nesta segunda-feira (16), embora a cifra corresponda a cinco vezes a taxa cobrada no mercado europeu.
A pesquisa, que tem entre os autores o economista britânico Nicholas Stern, uma autoridade em custos das mudanças climáticas, revisou um modelo amplamente usado para avaliar o risco e descobriu que ele levou a um “enorme subavaliação” do risco.
Isto aumenta a necessidade de fortes cortes nas emissões de gases-estufa, impulsionada por um preço de carbono “entre US$ 32 e US$ 103 por tonelada de CO2 (tCO2) em 2015″, destacou o estudo, realizado pelo “The EconomicJournal”.
“No prazo de duas décadas, o preço do carbono deveria aumentar em termos reais para US$ 82 a US$ 260/tCO2″, acrescentou.
Limite de emissões – Segundo o informe, esta cifra deveria limitar a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera a 425 a 500 partículas por milhão, nível exigido para conter o aquecimento global entre 1,5 e 2ºC.
Participou, ainda, do estudo, um colega de Stern, Simon Dietz, do Instituto de Pesquisas Grantham sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente.
O documento foi publicado um dia depois do encerramento das negociações da ONU, em Bonn (Alemanha), sobre um acordo para conter as emissões de gases-estufa. Espera-se que o pacto seja assinado em dezembro de 2015, em Paris. (Portal G1)
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/06/tonelada-de-co2-tem-que-custar-us-32-ate-2015-para-conter-aquecimento.html
2 – EUA anunciam plano contra pesca abusiva e contaminação dos oceanos
Kerry advertiu que já existem 500 “zonas mortas” em todo o mundo, onde a vida marinha não pode ser preservada
O secretário de Estado americano, John Kerry, fez uma forte advertência sobre os riscos que os oceanos enfrentam e pediu o desenvolvimento de uma estratégia global para salvá-los.
– Vamos desenvolver um plano para combater a pesca abusiva, as mudanças climáticas e a contaminação – disse Kerry ao abrir uma conferência de dois dias sobre o tema no Departamento de Estado, da qual participaram chefes de governo e ministros de 80 países, assim como cientistas e líderes industriais.
– A administração do nosso oceano não é uma questão de uma pessoa… É um requisito universal – insistiu Kerry.
– Como seres humanos, não há nada que compartilhemos tão completamente quanto o oceano que cobre cerca de três quartos do nosso planeta. Cada um de nós tem a responsabilidade compartilhada de protegê-lo – acrescentou o chefe da diplomacia americana.
O presidente de Kiribati, Anote Tong, anunciou por sua vez que toda pesca comercial será proibida desde janeiro de 2015 na área protegida das ilhas Fénix, apesar das consequências negativas que possa ter sobre a economia.
– Fazer frente aos desafios das mudanças climáticas supõe um compromisso muito sério e um sacrifício. As perdas de renda projetadas pesaram muito na nossa consideração, mas na análise final tomamos a decisão de continuar com estratégias sustentáveis efetivas – disse Tong.
Defensores do meio ambiente sustentaram que as ilhas Fênix dão refúgio a espécies como atuns altamente migratórios e tartarugas, assim como peixes de recife e tubarões.
Kiribati está dentro do grupo de estados insulares – que inclui Tuvalu, Tokelau e as Maldivas – que a comissão de direitos humanos da ONU teme que possam ficar “apátridas” por causa das mudanças climáticas.
Kerry advertiu que já existem 500 “zonas mortas” em todo o mundo, onde a vida marinha não pode ser preservada e que um terço das reservas de pescado em nível mundial estão “super-exploradas”. Em todo o resto, segundo o secretário, pesca-se perto do “máximo nível sustentável”. Se o panorama não mudar, “uma parte significativa da vida marinha pode morrer”, sentenciou.
Um tema de segurança vital
Ao abrir a conferência, Kerry advertiu que “não se deve cometer equívocos, a proteção dos nossos oceanos é um tema de segurança vital”.
O funcionário insistiu em que o enfoque com que o problema se enfrenta hoje, “com cada nação e comunidade levando adiante sua própria política independente, simplesmente não bastará”, já que “não é assim que funciona o oceano”.
– Não vamos fazer frente a este desafio a menos que a comunidade de nações se reúna em torno de uma estratégia integral, global dos oceanos – acrescentou.
No âmbito da conferência, o diplomata ressaltou a importância dos oceanos para os 6 bilhões de pessoas que habitam o planeta.
– O oceano hoje provê o sustento de até 12% da população mundial. Também é essencial para manter o meio ambiente em que todos vivemos – disse.
Proteger os oceanos também é vital para a segurança alimentar, destacou Kerry, apontando que uns 3 bilhões de pessoas “dependem do pescado como fonte de proteínas significativa”.
Kerry pediu para que seja elaborado um plano de ações concretas para enfrentar as diferentes ameaças aos oceanos e disse que o presidente, Barack Obama, fará um anúncio sobre a extensão das áreas de conservação marinha.
Os defensores do meio ambiente já identificaram três áreas – as remotas ilhas havaianas do noroeste, as ilhas Marianas e os atóis do Pacífico -, onde os parques marinhos existentes, alguns dos quais remontam ao século XX, poderiam ser amplamente expandidos.
Kerry, além disso, insistiu em que os Estados Unidos já tomaram medidas para proteger o meio ambiente marinho e teve êxito na reconstrução de muitas de suas populações esgotadas de peixes. (Zero Hora)
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/planeta-ciencia/noticia/2014/06/eua-anunciam-plano-contra-pesca-abusiva-e-contaminacao-dos-oceanos-4528984.html
3 – Quase metade dos ecossistemas de água doce europeus estaria ameaçada
Os riscos reais são “provavelmente sub-avaliados”, em vista das limitações dos programas de vigilância das agências governamentais em diferentes países
Quase a metade dos rios e outros cursos d’água da Europa continental estariam ameaçados por poluentes químicos, como pesticidas e outras substâncias industriais, de acordo com um estudo publicado esta segunda-feira nos Estados Unidos.
Esta pesquisa se baseia em uma análise de dados dos serviços governamentais de vigilância, proveniente de 4.000 pontos da União Europeia, explicaram os cientistas, que tiveram os trabalhos foram publicados nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Eles afirmaram que os riscos reais são “provavelmente sub-avaliados”, em vista das limitações dos programas de vigilância das agências governamentais em diferentes países.
“A maioria dos cursos d’água e rios está ecologicamente afetada ou ameaçada pela grande perda da biodiversidade”, o que deixou em alerta os autores do estudo, entre os quais EginaMalaj, do Centro Helmholtz de pesquisas ambientais em Leipzig, Alemanha.
Os cientistas concluíram que os pesticidas, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP), os materiais ignífugos (anti-incêndio) à base de bromo, os anti-sujeira contida em tintas, assim como o tributiletano, os pesticidas de proteção de madeira, são substâncias químicas que representam o maior risco para estes ecossistemas aquáticos, entre as 223 substâncias estudadas nos 4.000 locais de estudo.
Os autores determinaram que estes produtos químicos provavelmente foram fatais para diferentes organismos destes rios e outros cursos d’água em 14% dos locais controlados e provocaram efeitos nefastos crônicos em 42% destes últimos.
Em nível regional, as bacias fluviais do norte da Europa mais industrializadas apresentam um risco de poluição química claramente mais elevada do que no sul do continente.
Na avaliação dos autores, os resultados exigem medidas de proteção ambiental estendidas a fim de minimizar esta poluição por substâncias químicas orgânicas. (Portal Terra)
http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/quase-metade-dos-ecossistemas-de-agua-doce-europeus-estaria-ameacada,8990d4ba396a6410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html
4 – Inpa lança versão impressa de Guia de Cobras e Guia de Biodiversidade
Publicações ganham edições impressas com o objetivo de difundir a ciência entre estudantes e interessados na fauna e flora da Amazônica
Nesta sexta-feira (20), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) vai lançar dois livros: o Guia de Cobras da Região de Manaus – Amazônia Central e o Guia de Biodiversidade e Monitoramento Ambiental Integrado, às 16h30, no Auditório da Ciência, localizado no Bosque da Ciência do Instituto. Os guias são publicações do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) com financiamento do Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade da Amazônia (Cenbam).
As publicações já possuem edição on line no site do PPBio. O Guia de Cobras teve sua edição disponibilizada na Internet em março e o Guia de Biodiversidade, em junho deste ano. Agora, serão lançadas as versões impressas para serem distribuídas gratuitamente em escolas, institutos de pesquisa, bibliotecas entre outros espaços.
Foram impressos 1.000 exemplares de cada guia. Os livros podem ser adquiridos através de solicitação feita, via ofício, para o e-mail do Cenbam.
Os guias são fruto do trabalho de pesquisadores sobre a biodiversidade da Floresta Amazônica. Ambas as publicações são bilíngües (português e inglês) e contam com ilustrações e tabelas que ajudam o leitor a entender melhor o tema.
No caso do Guia de Cobras, a biodiversidade é focada para as cobras encontradas na região de Manaus, para ajudar a população a conhecer espécies de cobras como jiboias (Boa constrictor), jararacas (Bothrops atrox) e sucuris (Eunectes murinus). Ele traz o registro de 65 espécies em detalhes fotográficos e textos que permitem a identificação e diferenciação entre as espécies.
A obra é de autoria do Rafael de Fraga (estudante de doutorado do Inpa), Ana Lúcia da Costa Prudente (pesquisadora do Museu Emilio Goeldi) e Albertina Pimentel Lima e William Magnusson, ambos dos pesquisadores do Inpa.
“Nossa proposta é que o guia sirva para as pessoas identificarem as cobras peçonhentas, conhecerem os hábitos delas, o modo de vida e a beleza desses animais”, disse Fraga.
Já o livro Biodiversidade e Monitoramento Integral da Amazônia tem como foco a coleta de dados em campo, situando-a em um contexto científico mais amplo e discutindo o próprio PPBio. A publicação é bem ilustrada e escrita em linguagem simples, embora acadêmica. A obra foi produzida com base na experiência de mais de uma década de implementação do sistema RAPELD na Amazônia brasileira.
O RAPELD é um sistema próprio adotado pelo programa que aborda a padronização especial, ponto crucial para responder a maior parte das questões levantadas pelos tomadores de decisão, permitindo a flexibilidade e a inovação.
A obra conta com a participação de 29 autores liderados pelo pesquisador do Inpa William Magnusson. Também são autores: Ricardo Braga Neto, Flávia Pezzini, Fabrício Baccaro, Helena Bergallo, Jerry Penha, Domingos Rodrigues, Luciano M. Verdade, Albertina Lima, Ana Luíza Albernaz, Jean-Marc Hero, Ben Alwson, Carolina Castilho, Débora Drucker, Elisabeth Franklin, Fernando Mendonça, Flávia Costa, Graciliano Galdino, Guy Castley, Jansen Zuanon, Julio do Vale, José Laurindo Campos dos Santos, Regina Luizão, Renato Cintra, Reinaldo I. Barbosa, Antonio Lisboa, Rodrigo V. Koblitz, Cátia Nunes da Cunha, Antonio R. Mendes Pontes (Ascom do Inpa)