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Informativo 602 – Atlas fotográfico de vertebrados; odor humano e lago

1 – Atlas Fotográfico de Anatomia Comparativa de Vertebrados permite reduzir o uso de animais em aulas práticas

2 – Papilas gustativas do mosquito detectam odor humano

3 – Lago de água doce pode ter mantido vidas em Marte

 

1 – Atlas Fotográfico de Anatomia Comparativa de Vertebrados permite reduzir o uso de animais em aulas práticas

 

A edição em formato digital disponibiliza gratuitamente 350 imagens fotográficas e links para vídeos 
 

O Laboratório de Anatomia Comparativa de Vertebrados – LACV – CFS – IB -UnB, lançou o livro digital Atlas Fotográfico de Anatomia Comparativa de Vertebrados – Volume 1 – Sistemas Cardiovascular e Respiratório. O trabalho, desenvolvido ao longo de 11 anos, reúne cerca de 350 imagens fotográficas e links para vídeos digitais. 

 

A edição quer tornar acessíveis aos estudantes dos cursos presenciais e a distância os

 

recursos didáticos produzidos no LACV – UnB. A ideia é reformular o ensino de anatomia animal, com a utilização de tecnologia multimídia e possibilitar a redução do uso de animais em aulas práticas, com ganho de qualidade.

 

Produzida em formato digital (e-book), a obra está disponível para acesso livre e gratuito na página do Laboratório de Anatomia Comparativa de Vertebrados (www.lacv.unb.br).

 

2 – Papilas gustativas do mosquito detectam odor humano

 

Pesquisa mostra que insetos têm os mesmos receptores para detecção de CO2 e cheiros do corpo

Mosquitos fêmeas, que podem transmitir doenças mortais como malária, dengue, vírus do Nilo Ocidental e filariose, são atraídos por nós pelo odor pelo dióxido de carbono que exalamos – inclusive pela respiração -, e assim podem nos rastrear mesmo à distância. E, uma vez que eles chegam perto de nós, eles normalmente voam para áreas expostas como pés e tornozelos, indo para lá por causa do cheiro da pele.

 

Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia em Riverside pode agora dizer que cheiros atraem os mosquitos e como isso acontece.

 

Um estudo publicado esta semana da revista “Cell”, os cientistas mostram que os mesmos receptores presentes nas papilas gustativas que detectam o CO2 também “rastreiam” os odores da pele, o que explica porque os mosquitos são atraídos por objetos como meias fedidas, roupas usadas e suor, mesmo na ausência de CO2.

 

– Foi uma grande surpresa quando descobrimos que os neurônios receptores de CO2 no mosquito, chamados cpA, são detectores extremamente sensíveis a diversos odores da pele, da mesma forma como são ao CO2 – disse Anadasankar Ray, professor do Departamento de Entomologia e autor principal do estudo. – Por muitos anos acreditamos que a complexa capacidade das antenas dos mosquitos era responsável por identificar o odor da pele humana, ignorando, assim, as papilas gustativas.

 

Esta descoberta, segundo Ray, é crucial para sabermos o que atraem mosquitos hospedeiros de doenças como malária, dengue e filariose. Se houver uma interrupção na trajetória dos insetos, seria mais fácil controlar a transmissão de epidemias.

 

Os pesquisadores testaram quase 500 mil componentes químicos e, destes, selecionaram 138 que teriam características desejáveis de odor, segurança e custo. Boa parte destes compostos (85%) poderia ser usado para o desenvolvimento de cosméticos, com cheiro de hortelã, framboesa ou chocolate. Estes produtos aumentariam o controle da ação de mosquitos.

 

– Odores que bloqueiam o mecanismo receptor de CO2 e o odor da pele podem ser usados como uma máscara contra estes mosquitos. São fórmulas que disfarçariam ou mesmo bloqueariam a ação dos insetos, e cujo uso é um alívio necessário para a população da África, Ásia e América do Sul – resume Ray, ressaltando que estas são as regiões onde há maior transmissão de doenças por mosquitos. (O Globo) http://oglobo.globo.com/ciencia/papilas-gustativas-do-mosquito-detectam-odor-humano-10980750#ixzz2mhYnlWGf

 

3 – Lago de água doce pode ter mantido vidas em Marte

 

Análise aponta que havia perfeitas condições para a existência de micróbios simples na região

Cientistas encontraram evidências da existência de um antigo lago em Marte, que pode ter sido capaz de sustentar vidas no planeta. A constatação foi publicada hoje na revista “Science”.

 

Uma equipe de pesquisadores da missão “Mars Science Laboratory (MSL)”, da NASA, com a ajuda de um pesquisador do Colégio Imperial de Londres, analisou uma caixa com afloramentos de rochas sedimentares de uma área chamada Yellowknife Bay, na cratera Gale.

 

Essas pedras revelaram que a cratera, uma bacia de 150 quilômetros de largura com uma montanha no centro, abrigava um lago há cerca de 3,6 bilhões. Os pesquisadores acreditam que este lago pode ter durado milhares de anos.

A análise mostrou que as águas eram calmas e que, provavelmente, havia água doce – com elementos biológicos como carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre. Sendo assim, avalia a pesquisa, o local daria condições perfeitas para a vida microbiana simples, como a dos “chemolithoautotrophs”.

 

No planeta Terra, os “chemolithoautotrophs” são normalmente encontrados em cavernas ou em torno de fontes de água. Assim como os possíveis micróbios de Marte, eles quebram rochas e minerais em busca de energia.

 

O professor Sanjeev Gupta, membro da missão e co-autor do estudo, reforça que não foram encontrados sinais de vida antiga no planeta. “A conclusão a que chegamos é a de que a cratera Gale foi capaz de sustentar um lago em sua superfície, e que isso pode ter sido favorável para a existência de vida microbiana há bilhões de anos atrás. Este é um passo muito positivo para a exploração de Marte”, avalia.

 

A próxima fase do estudo, prossegue o professor, vai explorar afloramentos mais rochosos na superfície da cratera. Nessa etapa, haverá mais condições para se concluir se houve ou não vida no planeta vermelho.

 

Em estudos anteriores, a equipe já havia encontrado evidências de água na superfície do planeta. No entanto, o novo estudo oferece a mais forte evidência até agora de que pode ter havido vida no planeta.(O Globo) http://oglobo.globo.com/ciencia/lago-de-agua-doce-pode-ter-mantido-vidas-em-marte-11015502#ixzz2n51QVCcS