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Informativo 599 – T-Rex e recorde

1 – ‘Rei do sangue’ revela as origens do T-Rex

2 – Concentração de gases do efeito estufa na atmosfera bate recorde

 

1 – ‘Rei do sangue’ revela as origens do T-Rex

 

Lythronax argestes surgiu há pelo menos 80 milhões de anos e tinha características associadas ao mais famoso dos dinossauros, que viveu 10 milhões de anos mais tarde. Estudo também indica que os tiranossauros provavelmente evoluíram em isolamento

Uma nova espécie chamada Lythronax argestes, da mesma família do Tiranossauro rex, foi descoberta no sul do Utah, nos Estados Unidos. O enorme carnívoro habitava a Laramídia, território formado na costa ocidental de um mar raso que inundou a região central da América do Norte, isolando partes ocidental e oriental do continente durante milhões de anos no período Cretáceo, entre 95 milhões e 70 milhões de anos atrás. A descoberta foi divulgada na edição desta quarta-feira da revista científica “PLoS ONE” e revelada em exposição no Museu de História Natural de Utah, em Salt Lake City.

 

Lythronax quer dizer “rei do sangue”, argestes refere-se à sua localização geográfica no sudoeste americano, e a nova espécie tem uma série de características únicas, como o focinho estreito e curto com a parte de trás do crânio mais larga e olhos projetados para a frente – semelhante ao seu parente T-Rex, que viveu de 10 milhões a 12 milhões de anos mais tarde. Até agora, os paleontólogos pensavam que este tipo de tiranossauro de crânio largo só tinha surgido há 70 milhões de anos, mas esta descoberta mostra que ele apareceu pelo menos 10 milhões de anos antes.

 

– A largura da parte de trás do crânio de Lythronax permitiu-lhe ver com um campo de sobreposição de vista, dando-lhe a visão binocular, muito útil para um predador e uma das condições que associamos ao T-Rex – explica Mark Loewen, principal autor do estudo.

 

O Lythronax argestes viveu ao longo das costas ocidentais da grande rota marítima que separou a América do Norte, e esta massa de terra hospedou uma vasta gama de espécies de dinossauros originais, servindo como cadinho da evolução para os grupos de dinossauros emblemáticos, como o ‘dinossauro diabo’, de chifres longos e curvos.

 

O estudo também indica que os tiranossauros provavelmente evoluíram em isolamento numa ilha do continente. Paleontólogos recentemente determinaram que os dinossauros da Laramídia meridional (Utah, Novo México, Texas e México), apesar de pertencerem ao mesmo grupo, diferem das espécies do norte da Laramídia (Montana, Wyoming, as Dakotas e Canadá). Lythronax e seus parentes tiranosauros do sul são mais estreitamente relacionados entre si do que os de focinho longo do norte.

 

Estes padrões de distribuição de tiranossauros ao longo da Laramídia levou os pesquisadores a perguntarem o que pode ter causado as divisões entre norte e sul, já que os dinossauros poderiam ter andado do Alasca ao México. Segundo Randall Irmis, coautor do estudo, a partir da análise evolucionária dos relacionamentos, idade geológica e distribuição geográfica dos tiranossauros, o grupo identificado como Lythronax e outros tiranossauros teria vivido entre 95 milhões e 80 milhões de anos atrás, quando o mar interior da América do Norte estava em sua mais ampla extensão. A incursão do caminho marítimo para grandes partes da baixa altitude Laramídia teria separado pequenas áreas de terra, permitindo que diferentes espécies de dinossauros evoluíssem de forma isolada em partes diferentes da massa de terra. “Essas diferenças de espécies de dinossauros podem ter sido reforçadas por variações climáticas, fontes alimentares e outros fatores”, segundo ele. (O Globo) http://oglobo.globo.com/ciencia/rei-do-sangue-revela-as-origens-do-rex-10700869#ixzz2jxyHApEP

2 – Concentração de gases do efeito estufa na atmosfera bate recorde

 

Organização Meteorológica Mundial, na ONU, mostra que quantidade de CO2 e outros gases no ambiente foi maior em 2012 na comparação com a última década

Os níveis dos gases na atmosfera que impulsionam o aquecimento global tiveram um aumento recorde em 2012. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), da ONU, a concentração de CO2 cresceu mais rapidamente ano passado do que a média de aumento da última década, mostrou a BBC.

 

As concentrações de metano e óxido nitroso também bateram recordes. Graças ao dióxido de carbono e a estes outros gases, a WMO diz que o efeito do aquecimento sobre o clima aumentou quase um terço desde 1990. A WMO anualmente divulga um boletim de medição das concentrações de gases do efeito estufa da atmosfera, não de emissões em terra.

 

O dióxido de carbono é o mais importante neste panorama, mas apenas cerca de metade do CO2 emitido pela atividade humana permanece na atmosfera, com o resto sendo absorvido pelas plantas, árvores, terra e oceanos.

 

Desde o início da era industrial, em 1750, os níveis médios globais de CO2 na atmosfera cresceram 141%. De acordo com o WMO, havia 393,1 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono na atmosfera em 2012, um aumento de 2,2 ppm na comparação com 2011. Isto está acima da média anual de 2,02 ppm ao longo da última década.

 

– As observações destacam mais uma vez como os gases do efeito estufa têm perturbado o equilíbrio natural de nossa atmosfera e são uma importante contribuição para as alterações climáticas – afirmou à BBC o secretário-geral da WMO, Michel Jarraud.

 

Enquanto a medição diária de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassou a marca simbólica de 400 ppm simbólico em maio, de acordo com a OMM, a concentração de CO2 média anual global vai atravessar esse ponto em 2015 ou 2016.

 

Os níveis de metano também ultrapassaram o recorde em 2012, com 1.819 partes por bilhão. As concentrações têm aumentado desde 2007, depois de um período que pareceu estar se estabilizando. O relatório da WMO diz que ainda não é possível atribuir o aumento de metano a atividades humanas, como a criação de gado e aterros sanitários. Eles acreditam que o aumento das emissões vêm das latitudes médias do hemisfério norte e não do Ártico, onda o metano do derretimento do permafrost (gelo permanente) e seus hidratos têm sido uma antiga preocupação.

 

As emissões de óxido nitroso também cresceram, com uma concentração em 2012 de 325,1 partes por bilhão, 120% acima dos níveis pré-industriais. Embora a concentração deste gás seja pequena em comparação com o CO2, ele traz um aquecimento 298 vezes maior e tem um papel na destruição da camada de ozônio.

 

Pesquisas recentes indicaram que a taxa de aumento de emissões poderiam estar diminuindo, mas estes gases continuam a se concentrar na atmosfera e exercem uma influência no clima por centenas ou até milhares de anos. Cientistas acreditam que estes novos dados indiquem que o aquecimento global vai voltar com força, depois de uma desaceleração da taxa de aumento na temperatura nos últimos 14 anos. (O Globo)

http://oglobo.globo.com/ciencia/concentracao-de-gases-do-efeito-estufa-na-atmosfera-bate-recorde-10699558#ixzz2jxzKdLbi