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Informativo 595 – Retração; Elefantes e Macacos bonobos

1 – Retração de geleira revela floresta milenar escondida no Alasca

2 Elefantes são capazes de entender os gestos das pessoas

3 – Macacos bonobos consolam uns aos outros como humanos

 

1 – Retração de geleira revela floresta milenar escondida no Alasca

 

Vegetação ficou coberta pelo gelo, que tem diminuído cerca de 52 metros por ano
 

Depois de mais de mil anos escondida, uma antiga floresta começa a aparecer com a retração da geleira Mendenhall, no Alasca. Seus vestígios estão sendo descobertos numa região que se estende por cerca de 95 quilômetros quadrados. De acordo com a pesquisadora Cathy Connor, professora de geologia da Universidade do Sudeste do Alasca, a vegetação surgiu durante uma outra diminuição da geleira, que deve ter ocorrido entre 1,2 mil e 2,3 mil anos atrás.

 

– A retração da geleira permitiu que a floresta crescesse no local onde antes havia gelo – disse Cathy ao GLOBO. – Quando o glaciar voltou a se expandir, acabou cobrindo, primeiro, os sedimentos e as partes mais baixas das árvores com lodo, areia e cascalho. Em seguida, o gelo se agarrou às partes superiores das árvores.

 

O lodo, a areia e o cascalho contribuíram para deixar boa parte das árvores praticamente intactas. Com o aumento atual da temperatura, que derrete o gelo, os troncos estão sendo novamente expostos. Parte da vegetação se conservou na posição vertical entre as camadas de sedimentos. Algumas plantas ainda apresentavam raízes e pedaços de casca.

 

As árvores que surgem do gelo ainda estão sendo identificadas pelos pesquisadores. Em geral, elas são típicas de clima temperado, sobretudo abeto ou cicuta. A datação das plantas está sendo feita por radiocarbono. A pesquisa ainda será publicada.

 

A geleira Mendenhall tem derretido cerca de 52 metros por ano. Os moradores que vivem naquela região temem que haja perda de fontes de água doce, além da elevação do nível do mar.

(Cláudio Motta/O Globo)

http://oglobo.globo.com/ciencia/retracao-de-geleira-revela-floresta-milenar-escondida-no-alasca-10325742#ixzz2hQACA5bV

 

2 Elefantes são capazes de entender os gestos das pessoas

 

 

Eles seguiram a orientação de pesquisadores, que apontaram o caminho certo para o balde com alimentos

 

Quando as pessoas apontam para uma direção, os elefantes conseguem entender o gesto, diz pesquisa recém-publicada na revista “Current Biology”. De acordo com os cientistas da Universidade de St Andrews, na Escócia, o trabalho ajuda a explicar a forte e milenar ligação destes animais com os seres humanos.

 

Para comprovar o entendimento instintivo dos gestos, pesquisadores fizeram uma série de testes. Por exemplo, dois baldes idênticos foram colocados em locais diferentes, mas apenas um continha alimento. Desde a primeira vez, os animais buscaram a comida seguindo o sinal dos cientistas, que apontaram para um dos baldes com o dedo.

 

O trabalho foi realizado com animais de um abrigo no Zimbábue. Os pesquisadores se disseram surpresos em constatar que os elefantes aprenderam seus gestos muito rapidamente.

 

“Os elefantes vivem numa elaborada e complexa rede de apoio, na qual a ajuda mútua é fundamental para a sobrevivência”, disse o professor Richard Byrne, um dos autores do estudo, ao jornal “Guardian”.

 

O próximo passo da pesquisa é tentar entender se os elefantes realmente já tinham o hábito de gesticular uns para os outros fazendo sinais com as trombas ou o tronco. Já se sabe, por exemplo, que eles indicam com movimentos a presença de predadores.

(O Globo)

http://oglobo.globo.com/ciencia/elefantes-sao-capazes-de-entender-os-gestos-das-pessoas-10335701#ixzz2hhcnaqsD

 

3 – Macacos bonobos consolam uns aos outros como humanos

 

 

Estudo aponta que, assim como em crianças, perda da mãe afeta socialização dos primatas

Jovens bonobos e crianças possuem características semelhantes no desenvolvimento emocional, segundo pesquisa publicada na revista “Proceedings” da Academia Nacional de Ciências (PNAS). Além de consolar pares com problemas emotivos, os macacos também controlam as suas emoções como os seres humanos.

 

A pesquisa acompanhou o comportamento de um grupo de bonobos em um santuário selvagem perto de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Utilizando filmagens, os cientistas analisaram a vida social dos macacos e como eles lidavam com suas próprias emoções e regiam às dos outros. O estudo apontou que o quadro social e emocional geralmente aplicado às crianças funciona bem para os macacos.

 

– Isso torna a espécie uma candidata ideal para comparações psicológicas – disse Frans de Waal, autor do estudo ao lado de Zanna Clay, do Centro Nacional Yerkes de Pesquisa de Primatas da Emory University, em Atlanta. – Qualquer semelhança fundamental entre os seres humanos e os bonobos provavelmente remonta ao seu último ancestral comum, que viveu há cerca de seis milhões de anos atrás.

 

Durante os dias monitorados, Waal e Clay observaram que os bonobos tinham facilidade em se recuperar de transtornos emocionais como a derrota em uma luta, por exemplo, e eram mais propensos do que outras espécies a mostrar empatia por seus companheiros. Eles foram observados beijando, abraçando e afagando outros macacos para confortá-los.

 

– Se a forma como os bonobos lidam com suas próprias emoções é um indicativo de como eles reagem às dos outros, isso sugere um controle emotivo, como a capacidade de moderar emoções fortes e evitar o excesso de excitação. – afirmaram os pesquisadores. – Nas crianças, o controle da emoção é crucial para o desenvolvimento social saudável. Crianças socialmente competentes conseguem conter os altos e baixos de suas emoções. Um vínculo materno estável é essencial para isso, é por isso que os órfãos humanos normalmente têm problemas para controlar suas emoções.

 

O mesmo fenômeno foi constatado nos bonobos do santuário, onde um grande número perdeu a mãe assassinada por caçadores. Em comparação aos criados por mães, os jovens primatas órfãos tinham mais dificuldade em controlar suas emoções, segundo os pesquisadores.

 

– Os jovens que haviam perdido a mãe ficavam muito chateados e gritavam durante vários minutos depois de receberem um golpe. Os bonobos criados por suas mães só agiam desta forma por alguns segundos – relatou Clay.

 

Os bonobos são tão parecidos geneticamente com os humanos quanto os chimpanzés, e também são considerados os macacos mais afetivos. Os pesquisadores ressaltaram que o estudo das emoções animais tem sido “cientificamente um tabu”, mas afirmam que a análise das emoções desses animais pode fornecer informações valiosas sobre os seres humanos e como vivemos em sociedade.

 

– Ao medir a expressão de angústia e excitação dos grandes símios, e como eles lidam com suas emoções, fomos capazes de confirmar que o controle emocional é uma parte essencial da empatia. A empatia permite que grandes macacos e humanos absorvam o sofrimento dos outros sem ficar excessivamente angustiado.

(O Globo)

http://oglobo.globo.com/ciencia/macacos-bonobos-consolam-uns-aos-outros-como-humanos-10376259#ixzz2htLuaHpn

Veja mais em:

Zero Hora

Bonobos têm controle emocional similar ao de crianças humanas

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/planeta-ciencia/noticia/2013/10/bonobos-tem-controle-emocional-similar-ao-de-criancas-humanas-4301742.html