1 – Ecólogos mapeiam rotas globais de navios
2 – Clima: ainda há muito a fazer
3 – Mapeada área de proteção de aves
4 – Pastagens podem ajudar no combate às mudanças climáticas
1 – Ecólogos mapeiam rotas globais de navios
Estudo inédito busca entender como espécies invasoras circulam no mundo
Um grupo de cientistas que estuda as temidas espécies invasoras de ecossistemas acaba de prestar um serviço pelo qual economistas poderão agradecê-los: publicaram um mapa completo da malha de rotas de grandes navios cargueiros entre portos do mundo todo.
O estudo, realizado por ecólogos da Universidade Carl von Ossietzky, da Alemanha, só foi feito após os pesquisadores descobrirem que a Organização Marítima Internacional nunca tinha produzido os dados.
O trabalho, que deve ser publicado ainda neste mês na revista “Journal of Royal Society Interface”, se baseou nas trajetórias que mais de 16 mil navios cargueiros com capacidade acima de 10 gigatoneladas fizeram em 2007. Ao final, conseguiu identificar quais são os portos mais “centrais” -aqueles incluídos em um número maior de rotas- e quais ligações são as mais movimentadas.
“Deu um trabalho dos infernos”, disse à Folha Bernd Blasius, cientista do Instituto de Química e Biologia para o Ambiente Marinho, entidade que liderou o estudo na universidade. “No começo, nós quase desistimos, porque achávamos que teríamos de contatar todas as empresas de transporte do mundo, mas hoje já existe um número grande de navios equipados com AIS [Sistema de Identificação Automática], e isso ajudou muito.”
O cientista se refere ao dispositivo que começou a ser instalado em escala global em 2001 para rastrear navios pelos seus nomes. Com uma equipe de apenas quatro pessoas, Bernd conseguiu classificar os navios de interesse registrados no AIS e entender suas rotas estudando pontos de ancoragem de portos do mundo todo.
“Isso é interessante não apenas para bioinvasão”, diz. “Pode ser útil também para entender como nossos navios estão operando e para achar padrões em sistemas de comercio.”
Invasores de portos
Com a intensificação do comércio marinho, a invasão biológica tem sido fenômeno cada vez mais comum, frequentemente com consequências desastrosas. Um exemplo clássico é o do mexilhão-zebra, originário da Rússia. Transportado para os EUA, prolifera como praga entupindo encanamentos e causando prejuízo. No Brasil, o siri Charybdis hellerii, natural do Pacífico, prejudica populações de crustáceos. Tudo indica que os invasores foram transportados no lastro de navios.
Agora, com seu novo mapa naval, Blasius deve começar a fazer o estudo que pretendia desde o início: identificar as rotas que estão em maior risco de provocar bioinvasão. “Para isso, será preciso levar em conta fatores ambientais”, explica, “como temperatura e salinidade da água nos vários portos”.
De cara, ele já sabe que petroleiros e os transportadores de commodities são mais nocivos que outros navios, porque frequentemente navegam vazios e em rotas mais erráticas. (Rafael Garcia). (Folha de SP, 20/1).
2 – Clima: ainda há muito a fazer
Em 2010, comunidade internacional tem como missão avançar na definição de metas de redução das emissões de carbono, que ficaram fora do acordo fechado na COP-15
Passados 30 dias do fim da 15ª Conferência das Partes (COP-15), a convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas realizada no mês passado, na Dinamarca, não foi estabelecido ainda um cronograma de trabalho para a continuidade dos debates neste ano.
A COP-16 está marcada para novembro, no México, e a expectativa é de que amanhã, durante seu primeiro discurso pós-Copenhague, Yvo de Boer, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), informe os próximos passos a serem seguidos pelos grupos de trabalho.
O planejamento é geralmente criado com um ano de antecedência, o que não ocorreu para o encontro em Copenhague. “Em Bali, em 2007, tudo foi desenhado: como seria cada etapa de discussões, quantas reuniões seriam feitas. Em dezembro, o que houve foi que saímos de Copenhague com esse acordo inconsistente, sem nenhum plano de trabalho”, critica a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Branca Americano. Ela, no entanto, não está totalmente descrente sobre a possibilidade de avanços.
“(O acordo) foi uma saída política, a discussão não acabou. Vamos precisar de mais um ano para resolver questões. A preocupação é não jogarmos para o alto o que já foi feito até aqui. Como ficamos escaldados com Copenhague, acho que ninguém vai deixar uma grande quantidade de questões abertas até o México”, espera.
O sentimento do chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, é de frustração pela dificuldade de ver a negociação avançar. “O resultado foi pífio e insuficiente. Todos achavam que, com a presença dos líderes e primeiros-ministros, fosse ocorrer um milagre, mas não houve compromisso, tudo ficará para o futuro.”
Para Nobre, houve demasiada pressão política e diplomática. E, mesmo com a possibilidade de criação de um fundo de US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020, por 20 anos, pode não haver tempo suficiente para a mudança rumo a uma economia de baixo carbono. “Os países industrializados precisam fazer uma conversão muito rápida de sua matriz energética, e estamos falando de uma necessidade de US$ 4 trilhões para de fato ocorrerem os ajustes necessários. É preciso haver uma quebra de paradigma, mas não consigo vê-la ocorrendo amanhã”, acrescenta.
Por outro lado, ele pondera: “Como cientista, posso dizer que um aspecto importante foi que, pela primeira vez, entrou no texto da conferência o reconhecimento de qual limite é perigoso para o planeta. Isso foi positivo”.
Uma das dificuldades, na opinião do especialista, é a posição da China. Segundo ele, é um desafio convencer o país asiático a reduzir suas emissões por meio de projetos conjuntos, que possibilitariam a aquisição de controle tecnológico e, ao mesmo tempo, seu desenvolvimento.
“A China está construindo várias usinas eólicas e, em cinco anos, deve ultrapassar Alemanha e Estados Unidos nessa área. São os chineses que têm o maior aproveitamento de energia solar no planeta. Não que eles não estejam fazendo nada para mudar sua matriz energética ou dando as costas para o problema do clima, mas precisam de energia para alimentar seu crescimento de 8% a 10% ao ano. É questão de escala buscar energia mais barata. Noventa e três por cento de sua energia elétrica ainda têm como fonte o combustível fóssil (carvão)”, pontua.
Para aqueles que esperam que as mudanças climáticas voltem a ocupar o centro da discussão da política internacional, a expectativa é de que, além do pronunciamento de De Boer amanhã, ministros do chamado Grupo Basics (Brasil, África do Sul, China e Índia), que se reúnem em Nova Déli (Índia) nos dias 24 e 25, definam algum tipo de ação conjunta para 2010. Afinal, trata-se de países em desenvolvimento com grande potencial de crescimento econômico e, consequentemente, de aumento nos níveis de emissões de gases causadores do efeito estufa.
“Acredito que, nesse encontro, os ministros desenhem uma estratégia comum para o apêndice 2 do acordo de Copenhague, que fala sobre as ações nacionais de mitigação (Namas) que cada um deve apresentar até o dia 31. Aqui no Brasil, há um grupo discutindo o que será levado para Déli, mesmo sem instruções da UNFCCC”, diz Branca Americano.
Legislação
Outra tarefa que vai demandar trabalho do governo brasileiro é começar a cumprir o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As metas traçadas até 2020 pela lei são de reduzir as emissões de gases poluentes entre 36,1% e 38,9%.
“Já estamos promovendo discussões internas de como montar o processo de consultas e propostas a serem discutidas entre ministérios, setores produtivos e os estados. O detalhamento das ações será disposto por decretos e é nisso que vamos trabalhar agora”, informa a diretora de Mudanças Climáticas do MMA.
Além da nova legislação, o segundo inventário das emissões de gases no Brasil será concluído este ano. No fim de 2009, uma síntese do material foi divulgada, mas sua finalização vai permitir projeções e desenhos de ações públicas compatíveis com a política do clima, o que é fundamental para que o plano tenha efeito prático. “O interessante é que a lei projeta planos setoriais e discrimina como os diversos setores devem caminhar para a consolidação de uma economia de baixo carbono”, diz Branca.
Segundo Carlos Nobre, outro fato que pode gerar efeitos positivos é a união entre nações do Hemisfério Sul – Brasil, Índia, África do Sul, Argentina e Chile – para o desenvolvimento de cenários climáticos futuros. “Cada país reunirá esforços de sua comunidade científica, como centros de tecnologia e universidades, para fazermos modelos matemáticos do sistema climático”, antecipa o pesquisador.
O Inpe, referência em monitoramento de florestas, está preparado para compartilhar sua tecnologia, treinar e capacitar agentes de outros países.
“Uma das ideias é trabalhar com os países do sudeste asiático. O Brasil tem tido um posicionamento solidário, principalmente com países mais pobres. Além disso, quem usar nossa tecnologia vai utilizar o satélite sinobrasileiro, o que estreita ainda mais o contato entre China, Brasil e outras nações. Podemos avançar também no ensino de tecnologia de biocombustíveis, área em que temos experiência de mais de 20 anos”, acrescenta Nobre.
Debate nas mãos de EUA e China, entrevista com Eduardo Viola
Professor titular de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Eduardo Viola é um dos maiores especialistas brasileiros nas discussões sobre o combate às mudanças climáticas. Em entrevista ao Correio, ele afirma que, se os Estados Unidos e a China não se definirem claramente como favoráveis à transição para uma economia de baixo carbono, as discussões em nível internacional podem ficar estagnadas.
– Passados 30 dias do fim da COP-15, qual a avaliação que o senhor faz sobre o acordo fechado em Copenhague?
Conceitualmente, temos três grandes potências climáticas: Estados Unidos, China e União Europeia. E temos as potências médias: Brasil, Japão, Rússia, Coreia, Indonésia, África do Sul e México. Mas a chave para qualquer tratado vai depender das três maiores. O problema é que uma delas, a UE, é definidamente favorável a diminuir as emissões, mas as outras duas, ainda não. EUA e China mudaram sua posição nos últimos dois anos, mas ainda de forma insuficiente. Os Estados Unidos são um país fortemente dividido, com um terço da população que não acredita na gravidade da mudança climática. A China também é dividida. Começou a criar um segmento de economia de baixo carbono que pode ser uma revolução, mas a meta de reduzir em 40% a intensidade de carbono do PIB até 2020 é muito limitada, já que, continuando a crescer no ritmo atual, os chineses terão, em 2010, 80% a mais de emissões do que em 2005.
– Então, qual é o futuro possível?
Que os Estados Unidos mudem e se tornem definidamente promotores da economia de baixo carbono. Se a popularidade do presidente americano Barack Obama for fortalecida e, com isso, ele consiga aprovar a Lei Climática no Senado, será um fato muito positivo, pois os EUA teriam uma proposta definida (ainda que insuficiente) de redução, possibilitando avanços para um tratado global. Caso contrário, acho que a negociação climática pode ficar estagnada por um período significativo. É importante que EUA e China se reorientem aceleradamente para uma economia de baixo carbono.
– E a questão do que foi acordado em Copenhague, de manter a elevação da temperatura em até 2º C?
Há vários estudos científicos que mostram que vários países poderão ser seriamente afetados se isso ocorrer. Já temos aumento de 0,8ºC. Se houver a elevação em 1,5ºC, teremos uma situação muito grave para países vulneráveis (como os chamados países-ilha). No rumo atual, o aumento vai chegar bastante acima de 2oC. Vamos pagar um preço muito alto por causa dos fenômenos climáticos extremos.
– O que o senhor acha que de fato ocorreu em Copenhague? Por que não houve acordo vinculante?
Os chineses foram os principais bloqueadores das negociações. Eles impediram que constasse do acordo a redução das emissões totais em 50% e a dos países desenvolvidos em 80% até 2050, para evitar que, no futuro, fossem cobrados a reduzir suas emissões. Na minha opinião, a China se mostrou uma potência nacionalista arrogante, mas ela é muito complexa. Eles sabem que são vulneráveis e desenvolvem uma série de políticas públicas para a economia de baixo carbono. Se os Estados Unidos mudarem, a China vai ter de mudar. É importante considerar também a relação do clima com o desequilíbrio macroeconômico global hoje existente. A China tem um superavit comercial extraordinário e se nega a deixar flutuar o câmbio, o que produziria a valorização de sua moeda. Isso afeta todas as moedas do mundo – especialmente o real, o euro, a libra esterlina e o yen – e tende a criar uma coalizão antichinesa no plano da economia. E uma situação assim não seria boa para eles. Existem vários fatores que levariam a China a mudar, caso os EUA mudem.
– Podemos dizer que a briga é entre China e EUA?
Existe uma rivalidade entre as duas superpotências, mas eles têm uma interdependência muito grande. Então, se houver um conflito maior, vai ser um tiro no pé. Eu acredito que a ONU e suas convenções têm baixa eficácia para resolver problemas globais, porque há 200 países negociando, a maioria deles pouco relevantes ou irrelevantes, e funcionam sob o princípio do consenso. Um grupo menor, como o G-20, tenderia a produzir um acordo mais efetivo, que posteriormente seria referendado pela ONU. Talvez as potências climáticas se reorientem para negociar um tratado nesse espaço. (Cristiana Andrade). (Correio Braziliense, 19/1)
3 – Mapeada área de proteção de aves
Brasil tem 237 locais importantes para a preservação das espécies; 163 deles estão no bioma da Mata Atlântica
Um grupo de mais de 60 pesquisadores, entre biólogos e ornitólogos, conseguiu mapear todo o Brasil e chegou à conclusão de que existem 237 áreas importantes para a conservação de aves no país. Ao somar as áreas, chega-se a 94 milhões de hectares, o equivalente a 11% do território nacional.
Desse total, 163 áreas estão em Estados que têm predomínio do bioma da Mata Atlântica. A Amazônia, o Cerrado e o Pantanal juntos possuem 74 áreas relevantes para a preservação das aves. Os dados foram obtidos com base em dois grandes estudos. O primeiro foi publicado em 2006 e o segundo acaba de ser lançado.
O projeto é da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (Save), que representa a BirdLife International, uma aliança global de organizações não governamentais que tem como foco a conservação das aves e seus hábitats. O Museu de Ciências Naturais, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, apoiou o trabalho.
As áreas consideradas relevantes pelos especialistas são chamadas de IBAs (da sigla em inglês Important Bird Areas). Essa rede de áreas pode ser considerada como o mínimo necessário para assegurar a sobrevivência das espécies de aves ao longo de seus locais de distribuição. E a conservação das IBAs pode assegurar, também, a sobrevivência de um grande número de espécies de animais e de vegetais.
Ameaça
Um dos critérios para determinar se o local analisado é uma IBA é verificar as espécies ameaçadas de extinção que ela regularmente abriga. E, nesse quesito, a Mata Atlântica está bem na frente dos demais biomas. “Cerca de 90% das aves ameaçadas do país estão na Mata Atlântica”, diz Pedro Develey, diretor de Conservação da Save Brasil e organizador dos estudos sobre as IBAs.
De um total de 22 espécies classificadas como criticamente ameaçadas de extinção no Brasil, 15 estão na Mata Atlântica (elas podem aparecer em mais de um bioma).
A maior IBA do mundo, por exemplo, está no Brasil e ocupa parte do Acre e da Amazonas. Ela tem 7,3 milhões de hectares e possui uma espécie ameaçada de extinção. Já a menor IBA do Brasil fica em Pernambuco. Possui somente 700 hectares, mas abriga sete espécies ameaçadas de extinção.
Develey considera que a prioridade, portanto, deve ser a Mata Atlântica em um primeiro momento. “A perda de uma espécie é para sempre”, argumenta. Mas não se deve deixar de lado a Amazônia e outros biomas, para evitar que a situação da Mata Atlântica se repita.
Proteção
Das áreas consideradas IBAs no país, apenas 21% estão totalmente protegidas atualmente e 39% estão protegidas parcialmente. Develey ressalta ainda que 40% não têm nenhum tipo de proteção – ou seja, não são Unidades de Conservação (UCs), como parques, no caso de áreas públicas, ou Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), no caso de propriedades privadas.
Ele avalia que é muito difícil convencer o governo a proteger ou criar parques em áreas menores. Por isso, é importante conscientizar moradores para que cuidem do local ou criem reservas. O empenho de diversos setores tem dado resultado na região do Raso da Catarina, na Bahia, onde tem sido observado um aumento do número de araras-azuis-de-lear.
Guto Carvalho, organizador da Avistar (Encontro Brasileiro de Observação de Aves), considera que a atividade de observação de aves, muito praticada por europeus, americanos e japoneses e que começa a ganhar força no país, pode ajudar na conservação. “Não resolve o problema em si, mas gera renda complementar nas áreas com aves e conscientização da população”, afirma. Entre os locais onde a atividade tem ganhado importância, segundo ele, estão Ubatuba, no litoral paulista, e a Serra da Canastra, em Minas Gerais.
Números
94 milhões de hectares é a área total dos 237 locais importantes para a conservação de aves no Brasil
163 áreas de preservação das aves estão localizadas em Estados com domínio de Mata Atlântica. Amazônia, Cerrado e Pantanal têm, juntos, 74 áreas
22 espécies de aves são classificadas como criticamente ameaçadas de extinção no Brasil. Desse total, 15 podem ser encontradas na Mata Atlântica
1.825 espécies de aves existem no total no Brasil, de acordo com o Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico (CBRO). (Afra Balazina). (O Estado de SP, 19/1).
4 – Pastagens podem ajudar no combate às mudanças climáticas
Afirmação é de estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
Um estudo recente da mostra que as áreas de pastagens tem vasto potencial (ainda não explorado) de mitigação das mudanças climáticas por meio da absorção e armazenamento de CO2.
Segundo o relatório, essas regiões representam uma concentração de carbono maior do que a das florestas, caso sejam devidamente administradas.
O documento da FAO mostra que existem 3,4 bilhões de hectares de pastagens no mundo, que abrangem cerca de 30% da superfície de terras onde não há presença de gelo.
O texto alerta que esses locais podem também desempenhar papel importante no apoio à adaptação e vulnerabilidade às alterações do clima de mais de um bilhão de pessoas que dependem do gado para viver.
Para o diretor-geral assistente da FAO, Alexander Müller, o mundo vai ter que usar todas as opções para conter o aquecimento global.
Ele destacou que a agricultura tem potencial para ajudar a minimizar as emissões líquidas de gases de efeito estufa por intermédio de práticas específicas, como construção do solo e biomassa de carbono.
Segundo o estudo da FAO, estima-se que as áreas de pastagens possam armazenar 30% do carbono do mundo no solo. (Terra, 18/1).