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32º Informativo – Seres vivos e água

1 – Tentativas e erros nos seres vivos

2 – Os milagres da água

 

1 – Tentativas e erros nos seres vivos

“Uma bactéria tem taxa de mutação mil vezes maior do que organismos com mais DNA, como o homem. Um vírus tem taxa de mutação mil vezes maior que a da bactéria”

Fernando Reinach é biólogo (fernando@reinach.com). Artigo publicado em “O Estado de SP”:

O aprendizado humano e a evolução das espécies dependem de processos de tentativa e erro. Nossa mente usa intuição como fonte de tentativas e pensamento lógico para aprender com os erros. O processo evolutivo usa mutações randômicas como fonte de tentativas e seleção natural para eliminar erros.
O problema é saber qual número de ciclos de tentativa e erro torna o aprendizado mais eficiente. Poucas tentativas podem nos levar a decisões precipitadas e muitos ciclos de tentativas e erro podem causar indecisão crônica e paralisia. Este dilema ocorre quando escolhemos nossos parceiros reprodutivos ou provamos amostras de queijo em uma loja.
As espécies se defrontam com problema parecido. Para se adaptar às mudanças ambientais é indispensável que cada geração possua suficientes indivíduos diferentes dos pais. Esses mutantes garantem a sobrevivência da espécie quando o ambiente muda. O problema é que mutações ocorrem ao acaso. Os seres não controlam qual característica muda; por isso a maioria das mutações torna o indivíduo menos adaptado.
Muitos mutantes deletérios é o preço que a espécie paga para gerar poucos mutantes bem adaptados. Isso pode levar à queda do número de indivíduos e à extinção. Mas uma baixa taxa de mutação também pode levar à extinção.
Apesar da importância dessa taxa, sabe-se pouco sobre como ela é regulada. Medidas recentes confirmam uma suspeita: quanto mais complexo o ser, menor a taxa de mutação. Essa relação parece depender do tamanho do genoma. Uma bactéria tem taxa de mutação mil vezes maior do que organismos com mais DNA, como o homem. Um vírus tem taxa de mutação mil vezes maior que a da bactéria. Quando esses dados são colocados em um gráfico, fica claro que a taxa de mutação é inversamente proporcional ao tamanho do genoma.
O interessante é que o paralelo com o aprendizado se mantém. Nas espécies, quanto mais complexo o genoma, menor é o numero de mutantes (tentativas) em cada ciclo reprodutivo. Nos mamíferos, quanto mais complexo o cérebro, menor o número de tentativas para o aprendizado.
Mais informações: Extremely high mutation rate of a hammerhead viroid. Science, vol. 323
(O Estado de SP, 30/4)

 

2 – Os milagres da água

Segundo Masaru Emoto, a água possui uma memória. Este pesquisador japonês descobriu isso após vários anos de investigação para tornar visível a estrutura da água. Suas espetaculares fotografias mostram como a água muda conforme seu ambiente. Parece que tudo causa um efeito nela: não apenas as substâncias químicas ou outros poluentes, mas também o som, as palavras e até pensamentos.

O interesse de Masaru Emoto pela água surgiu quando estava estudando bioquímica na Universidade da Califórnia em Berkeley. Lá conheceu Lee Lorenzen, uma autoridade em aglomerados de água que havia provado que a água é capaz de armazenar informação.

A água possui a característica natural de formar aglomerados ou se juntar em grupos de átomos. Isso acontece, por exemplo, quando estimulada eletricamente, magneticamente, por raio laser, entre outras formas. Lorenzen mostrou que certos estímulos sempre criam os mesmos padrões de aglomerados. Os resultados não apenas se repetiam, mas eram também precisamente quantificáveis.

Emoto foi além e literalmente demonstrou que a água reage e pode ser influenciada pelo ambiente. Ele congelou a água a -5ºC, temperatura baixa o bastante para formar cristais de gelo, que puderam ser fotografados com o uso de um microscópio capaz de ampliar de 200 a 500 vezes o tamanho dos objetos. Os cristais são substâncias estáveis, cujos átomos e moléculas estão conectadas através de estruturas ordenadas em forma de treliça. Tais estruturas revelam, a olho nu, os processos que acontecem num nível atômico. Emoto descobriu que os cristais de água têm uma tendência a se ordenar em uma certa estrutura de forma metódica.

O resultado dessas mudanças químicas e energéticas torna-se visível na água congelada.

Emoto pesquisou todos os tipos de água e, com seus colegas, tirou 10.000 fotografias. Ele descobriu que a água limpa dos riachos de montanhas forma cristais hexagonais, enquanto que a água poluída geralmente não forma cristal algum. A água da chuva coletada em cidades ao redor do mundo apresentou padrões caóticas, quer, segundo Emoto, revelavam informações “não-metódicas”.

No entanto, a água, contida em cristais de neve das regiões polares apresentou cristais muito puros. Segundo Emoto, a água age como um tipo de fita-cassete líquida que registra e, depois, reflete seu ambiente. Por exemplo, água congelada de grutas naturais assume padrões parecidos com cavernas. O cristal da água da fonte de Lourdes se parece com um rosário. Água de áreas onde são extraídos diamantes apresenta estruturas de diamante quando cristalizada. A água de uma região do Japão onde são feitos bordados finos reflete a estrutura de um bordado fino.

Emoto fez depois uma descoberta espetacular: a água não só “assimila” seu ambiente como também é sensível a sons. Parece que a água “escuta”. Emoto tocou vários tipos de música erudita e popular para amostras de água: a Sinfonia Pastoral de Beethoven, a Sinfonia em Sol Menor de Mozart, a Ária da Quarta Corda (da Suíte Nº. 3 em Ré Maior) e as Variações Goldberg de Bach, o Estudo em Dó Maior de Chopin, uma sutra tibetana, Heartbreak Hotel, de Elvis Presley, uma canção folclórica celta, outra coreana e uma trilha de hard rock.

O experimento seguinte envolveu idiomas. Emoto e sua equipe colocaram adesivos contendo palavras e dizeres em garrafas com água destilada que ficaram descansando por 24 horas. Eles começaram usando palavras em japonês, depois acrescentaram inglês e alemão. A equipe descobriu que, enquanto os três idiomas se correspondem surpreendentemente bem, as palavras em cada um deles apresentaram diferenças notáveis. Emoto explica: “Você só pode entender isso se pensar em termos de vibração, se não encarar as palavras como invenções das pessoas, mas como um fenômeno vivo. Eu acho que os sons revelam vibrações da natureza. Foi assim que surgiram as palavras: elas evoluíram dessas vibrações”.

ÁGUA LIMPA, MAS COM MENOS CAMARÕES

Belos cristais foram formados na água que, durante uma hora, ficou aos cuidados do sacerdote japonês Kato Hoki, sumo sacerdote do Templo Jyohouin, na cidade de Omiya. Se apenas um sacerdote pode fazer isso, Emoto imaginou o que aconteceria se algumas centenas de pessoas participassem de um ritual de purificação. O experimento aconteceu num lago muito poluído. Mudanças notáveis na qualidade da água desse lago foram noticiadas pela imprensa local. O crescimento de algas diminuiu e a água tornou-se mais limpa, sem o mau cheiro habitual. Mas muitas pessoas ficaram insatisfeitas quando perceberam também uma diminuição no número de camarões. No verão seguinte, tudo estava como antes; a poluição e o mau cheiro voltaram. E os camarões também.

Seria por isso que os mestres sufis copiavam máximas de cura do Corão em pergaminho, que eram depois lavados com água para que essa água fosse dada de beber a seus pacientes. Emoto conduziu testes exaustivos. Sua equipe não sabia que tipo de água estava fotografando e ele repetia o experimento várias vezes. Os testes continuavam dando os mesmos resultados: a água “ouve” palavras, emoções, pensamento e assimila as vibrações das letras.

Amor, ódio, gratidão e conceitos como “alma”, “anjo” e “demônio” são feitos refletidos na forma de cristais de água. A mesma palavra escrita em vários idiomas mostrou imagens de cristais praticamente idênticas.

Enquanto isso, Emoto e seus colegas continuavam seus experimentos. A água colocada em frente de uma televisão apresentou principalmente padrões confusos, em especial durante debates políticos. Água acrescida de óleo essencial de uma flor, através de vibrações eletromagnéticas, mostrou padrões da própria flor. A água também parece ser receptiva ao poder do pensamento através da energia da meditação, da oração e da cura transmitida de uma grande distância.

Se a água pode realmente ser influenciada por pensamentos, torna-se clara a importância da oração antes de ingerirmos alimentos que, como nosso corpo, são compostos principalmente por água. Isso também explica por que a homeopatia funciona.

Até agora, os cientistas não eram capazes de esclarecer por que uma substância funciona quando não há uma única molécula dessa substância na solução. Mas quando você vê a água como uma fita-cassete líquida, essa substância não precisa estar presente, pois o “registro” é suficiente para ter efeito. Daí o título do livro de Emoto: Messages from Water (Mensagem da Água).

Fonte: Revista Destaque IN, http://destaquein.sacrahome.net/node/416