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29º Informativo – Eventos, Darwin e focas

1 – V Encontro Pesquisa em Educação Ambiental

2 – Encontro de Herpetologia – 2º Herpétil

3 – XXXVIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular – SBBq

4 – Charles Darwin 200 anos

5 – “Elo perdido” explica evolução das focas 

 

1 – V Encontro Pesquisa em Educação Ambiental

A UFSCar, UNESP e FFCLRP/USP, irão realizar, de 30 de outubro a 02 de novembro de 2009, o V Encontro Pesquisa em Educação Ambiental. O evento acontecerá na Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, São Carlos (SP). O período para envio de trabalhos vai até o dia 19 de maio de 2009 (terça-feira). Maiores informações pelo e-mail: 5epea@epea.tmp.br e pelo site www.epea.tmp.br .

 

2 – Encontro de Herpetologia – 2º Herpétil

Irá acontecer em Belo Horizonte, de 08 a 10 de maio de 2009, o Encontro de Herpetologia – 2º Herpétil. O evento será realizado no Centro Universitário UNA (Rua Aimorés, 1451, Bairro Lourdes) e terá o seguinte tema este ano: “A Herpetologia na visão dos Herpetólogos”. Terão descontos as inscrições feitas até o dia 30 abril (quinta-feira). Maiores informações pelo site: www.biogalapagos.com.br .

 

3 – XXXVIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular – SBBq


Este ano a Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular – SBBq irá promover o seu encontro anual em Águas de Lindóia (SP). O evento acontecerá entre os dias 16 e 19 de maio de 2009, no Hotel Monte Real Resort. O Encontro contará com conferências e simpósios, além do da premiação do Jovem Talento 2009. As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de maio de 2009 (sexta-feira). Para maiores informações, acesse o site da  SBBq: www.sbbq.org.br .

 

4 – Charles Darwin 200 anos

Em 2009, além dos 30 anos da regulamentação da profissão de Biólogo, também se comemora os  200 anos de nascimento de Charles Darwin. A revista Ciência Hoje reuniu artigos  para  celebrar  o  bicentenáriodo do pai da Biologia Moderna. Confira o Especiais Charles Darwin, 200 anos pelo link: http://cienciahoje.uol.com.br/137896 . 

 

5 – “Elo perdido” explica evolução das focas

 

 

Fóssil de 23 milhões de anos achado no Canadá liga animal a morsas, leões-marinhos e outras espécies da mesma ordem. Mamífero era mais bem adaptado à locomoção em terra, mas tinha membrana separando os dedos

Ricardo Bonalume Neto escreve para a “Folha de SP”:

Um fóssil achado no Canadá é um bicho tão original que merece ser descrito pelo mais velho e surrado clichê da evolução biológica: trata-se do “elo perdido” entre mamíferos aquáticos como focas e morsas e seus ancestrais terrestres.
Os mamíferos conhecidos como pinípedes têm nadadeiras que facilitam a natação, mas tornam sua movimentação em terra pouco eficiente. O fóssil de 23 milhões de anos batizado Puijila darwini tem membros robustos para andar, mas seus ossos indicam que haveria membranas entre os dedos semelhantes às de uma ave aquática, um tipo de “pé-de-pato”.
Antes dessa descoberta, o pinípede considerado o mais antigo era o Enaliarctos, achado na costa noroeste da América do Norte, e dotado de nadadeiras. O Puijila está descrito em estudo na edição de hoje da revista “Nature”, liderado por Natalia Rybczynski, do Museu Canadense da Natureza.
O nome Puijila darwini homenageia o naturalista Charles Darwin, pai da teoria da evolução, que previu a existência de uma forma de transição entre esses animais. Puijila é a palavra para “pequeno mamífero marinho” na língua dos esquimós da região do achado.
Os primeiros vestígios do mamífero foram achados em 2007 num lago criado na cratera do impacto de um meteoro. Uma expedição em 2008 achou mais pedaços. Ao todo, 65% do esqueleto foi desvendado.
A região do Ártico é considerada a área de origem dos pinípedes. Há 23 milhões de anos o clima era ameno como o de uma região temperada. Vivendo primeiro em lagos de água doce, os animais foram se adaptando à vida aquática a ponto de passar a caçar no mar. O achado dá uma visão de como seriam os pinípedes antes de passarem a ter nadadeiras, segundo Rybczynski, que chefiou a expedição de campo.
O fóssil retém uma longa cauda e membros com proporções mais semelhantes às de carnívoros terrestres do que dos pinípedes atuais. Mas alguns ossos indicam que ele levava uma vida semiaquática.
A passagem da terra para o mar aconteceu diversas vezes entre os mamíferos, indicam as lontras, o peixe-boi-marinho, as baleias e os golfinhos.
“Essa transição é caracterizada por inovações associadas com muitos aspectos da vida, incluindo locomoção, alimentação e reprodução. O registro fóssil tem documentado os primeiros estágios de algumas dessas transformações, com mais sucesso no caso das baleias a partir de artiodáctilos terrestres”, escreveram os autores. Artiodáctilos são mamíferos ungulados (com casco) e com número par de dedos nas patas, como o boi e o camelo.
Em 2007, o “elo perdido” das baleias foi identificado como um pequeno artiodáctilo fóssil, o Indohyus, achado na Índia. Mas só agora, com a descoberta do fóssil canadense, é que a primitiva evolução dos pinípedes passa a ser melhor conhecida.
O sítio paleontológico no Canadá tem ainda peixes, aves e outros fósseis, como coelhos, rinocerontes e os ancestrais das modernas girafas e veados.
(Folha de SP, 23/4)