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2º Informativo – Concursos, sites, cursos e biodiesel

 
 
CONCURSOS
 

 

 

 

 

1 – Concurso Público da Agência Nacional das Águas – ANA (100 vagas para Especialista em Recursos Hídricos)

Saiu o edital do concurso público para provimento da vaga de Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional das Águas – ANA (remuneração de R$8.389,60 – vencimento total). O requisito necessário para a vaga é diploma de conclusão de curso de graduação (nível superior). As provas serão aplicadas em todas as capitais brasileiras, na data provável de 1º de março de 2009. As inscrições devem ser feitas até o dia 28 de dezembro de 2008 no endereço eletrônico www.esaf.fazenda.gov.br , mediante o pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$100,00, por meio de boleto eletrônico, pagável em toda a rede bancária. Para ter acesso ao edital do concurso, acesse o link: http://www.esaf.fazenda.gov.br/concursos/concursos_selecoes/ANA-2008-2009/Editais/Edital%20de%20abertura-96-2008.pdf .

2 – Concurso Público Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI (02 vagas para Biólogos)

Ainda estão abertas as incrições para o concurso público do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), destinado a o preencimento de vagas para Pesquisador em Propriedade Industrial. A vaga para Biólogo tem o vencimento básico de R$3.475,87 e com remuneração total máxima de R$7.269,67. As provas poderão ser realizadas nas seguintes cidades: Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Brasília/DF, Porto Alegre/RS, Recife/PE ou Belém/PA. As inscrições deverão ser feitas via internet (www.nce.ufrj.br/concursos) até o dia 21 de dezembro de 2008. O edital e maiores informações podem ser acessados pelo link: http://www.nce.ufrj.br/concursos/inpi/default.asp?198.

3 – Concurso Público Prefeitura de Uberlândia (09 vaga para Biólogos)

A Prefeitura Municipal de Uberlândia (MG) abriu as inscrições para concurso público de provas e títulos, destinado a selecionar candidatos para cargos efetivos. Existe 01 vaga para Biólogo e 08 vagas para Professor de Ciências (área de atuação: 5ª a 8ª Séries). As 09 vagas possuem remuneração de R$838,56 e jornada de trabalho de 20 horas semanais. As inscrições para o concurso deverão ser realizadas via internet nos endereços eletrônicos www.conesul.org e www.uberlandia.mg.gov.br , até o dia 18 de dezembro de 2008. Para acessar o edital do concurso, acesse o link: http://www3.uberlandia.mg.gov.br/midia/documentos/administracao/edital_concurso_pmu_2008.pdf .

SITES

Dica de site sobre Biologia Molecular

Para os interessados em Biologia Molecular, não deixe de conferir as informações atualizadas do site BioMol.net. O veículo eletrônico nasceu em 1999 com o objetivo de ser um portal de biologia molecular de referência para a crescente comunidade científica brasileira que trabalha na área. Criada e dirigida pela bióloga Joelma Freire De Mesquita, a BioMol.Net atualmente possui vários usuários cadastrados, constituídos principalmente por pesquisadores e alunos. O site se encontra disponível no seguinte endereço eletrônico: www.biomol.net .

PÓS-GRADUAÇÃO

1 – Especialização UFG em Produção de Peixes

A Universidade Federal de Goiás – UFG (www.ufg.br) irá promover o curso de Especialização em Produção Animal na seguinte área de concentração: Produção de Peixes. As inscrições serão realizadas até o dia 20 de fevereiro de 2009, de 2ª feira a 6ª feira, exceto feriados, no horário de 8h às 12h e das 14h às 17h, na Secretaria do Programa, situada no Departamento de Produção Animal da Escola de Veterinária, Campus II da UFG. O curso será realizado no período de 13 de março de 2009 a 30 de setembro de 2010 e será ministrado quinzenalmente, às sextas-feiras e aos sábados, das 08h às 12h e das 14h às 18h. Serão disponibilizadas 20 vagas para o primeiro semestre de 2009. Maiores informações no site www.vet.ufg.br e no telefone (62) 3521-1591. Para acessar o edital da especialização, clique no link: http://www.ufg.br/this2/uploads/files/65/Edital07especial2009.pdf .

2 – Mestrado e Doutorado em Bioquímica e Imunologia da UFMG

A Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (www.ufmg.br) selecionará candidatos ao Mestrado e Doutorado em Bioquímica e Imunologia. As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de janeiro de 2009, na Secretaria do Programa situada na sala K4-163 do Departamento de Bioquímica e Imunologia, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, no Campus da Pampulha (Av. Antônio Carlos, 6627, CEP:31.270-901 – Belo Horizonte/MG). As inscrições podem ser feitas também pelo correio, com data de postagem até o dia 30 de janeiro de 2009. Maiores informações pelo telefone (31) 3409-2615, pelo e-mail pg-biq@icb.ufmg.br e pelo site www.pgbiq.icb.ufmg.br . O edital do doutorado e do mestrado podem ser acessados pelo link: http://www.icb.ufmg.br/icb/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=18&Itemid=27

PARA CONHECIMENTO

Biodiesel feito de algas

Pesquisadores estudam potencial das microalgas encontradas no litoral brasileiro para a produção de biodiesel. A produtividade pode ser de mais de 100 vezes a da soja

Washington Castilhos escreve para a “Agência Fapesp”:

Embora, entre as matrizes vegetais, a soja seja a principal base do biodiesel do Brasil, sua escala de produtividade é baixa – de 400 a 600 quilos de óleo por hectare – e tem apenas um ciclo anual. O girassol pode produzir um pouco mais, de 630 a 900 quilos. No entanto, pesquisa realizada no Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) indica que microalgas encontradas no litoral brasileiro têm potencial energético para produzir 90 mil quilos de óleo por hectare.

E, segundo o estudo, elas têm diversas outras vantagens. Do ponto de vista ambiental, o biodiesel de microalgas libera menos gás carbônico na atmosfera do que os combustíveis fósseis, além de combater o efeito estufa e o superaquecimento.

A alternativa também não entra em conflito com a agricultura, pode ser cultivada no solo pobre e com a água salobra do semi-árido brasileiro – para onde a água do mar também pode ser canalizada – e abre possibilidades para que países tropicais (como a Polinésia e nações africanas) possam começar a produzir matriz energética. Além disso, as algas crescem mais rápido do que qualquer outra planta.

“O biodiesel de microalgas ainda não é viável, mas em cinco anos haverá empresas produzindo em larga escala”, estima o biólogo Sergio Lourenço, do Departamento de Biologia Marinha da UFF, responsável pelo estudo.

Lourenço identificou dezenas de espécies com potencial para produzir o biodiesel em larga escala. O problema é que a porcentagem de lipídios de cada alga não é alta – poucas espécies chegam a 20% de concentração. Mas a soja (18%) e o dendê (22%) também concentram baixas quantidades de lipídios. O amendoim concentra 40%.

“Se a matriz tem baixa concentração de lipídios, temos que acumular muito mais massa”, explica o biólogo. Por isso, ele e sua equipe trabalham em métodos para estimular a concentração de lipídios. “Por meio de técnicas de manipulação das condições de cultivo, conseguimos alterar a composição química nos meios de cultura, aumentando assim a concentração de lipídios. Em dez dias a biomassa está apta a ser colhida.”

Há pouco mais de um ano, o projeto vem sendo articulado com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério da Agricultura, a Secretaria Especial de Água e Pesca e a Casa Civil, que conduz o Programa Nacional de Biodiesel.

Conversas têm sido feitas com a Petrobras para apoiar o projeto. O financiamento permitiria o cultivo em grande densidade, em tanques de 20 mil litros, primeiramente em uma unidade da UFF, antes de ser levada ao semi-árido. Há também, segundo Lourenço, outra vantagem ecológica nesse cultivo: para fazê-las crescer, é necessário tirar carbono da atmosfera.

As microalgas são usadas há décadas na produção de encapsulantes e na aquacultura, para alimentar peixes e outros animais. Segundo o pesquisador, desde a década de 1970, depois da primeira grande crise do petróleo de 1973, já se pensava na aplicação desses organismos marinhos para a produção de energia a partir da biomassa.

“Perdemos terreno por nunca ter investido o suficiente nessa frente. Hoje, o barril do petróleo custa US$ 70 e já chegou a custar US$ 143 este ano, batendo um recorde histórico. O Brasil tem tudo para se tornar a potência energética mundial. Nos encontramos na vanguarda dos biocombustíveis: além de termos alcançado a auto-suficiência na produção de petróleo, temos o maior programa de álcool do mundo”, destacou.

De acordo com Lourenço, outra vantagem é que, assim como a cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol, as microalgas demandam uma área pequena para seu cultivo e podem produzir uma quantidade de biocombustível bem maior.

“A cana-de-açúcar ocupa 2% da área agrícola do Brasil, aproximadamente 45 milhões de hectares. A Embrapa indica que o país tem ainda 100 milhões de hectares que pode ocupar. O programa energético prevê mais 2 milhões de hectares, ainda assim uma fração da área total disponível. Com o cultivo das microalgas ocupando apenas 1% da área que a soja utiliza hoje, pode-se produzir a mesma quantidade de biodiesel que ela produz ao ano”, afirmou.

Algas para aviação

Presidente da Associação Brasileira de Biologia Marinha e autor do livro Cultivo de Microalgas Marinhas: princípio e aplicações (2006), Sergio Lourenço explica que não são todas as espécies de microalgas com potencial para biocombustível, mas conta que aquelas que identificou também poderiam ser aplicadas para a produção do bioquerosene, maior interesse do setor da aviação na atualidade.

Em fevereiro de 2008, um Boeing da companhia aérea Virgin Atlantic fez um vôo entre Londres e Amsterdã movido a bioquerosene à base de óleo vegetal – uma mistura de babaçu e coco. As empresas aéreas gastam 85 bilhões de galões de querosene tradicional por ano e são responsáveis por 3,5% das emissões de dióxido de carbono no mundo.

“O setor tem que diminuir as emissões e pretende trabalhar com uma mistura de 20% de bioquerosene, hoje feita à base de óleos vegetais, com o querosene tradicional, que custa o equivalente a 40% do preço de uma passagem aérea”, disse Lourenço.

Segundo ele, o processo de produção do bioquerosene é semelhante ao do biodiesel – ambas as moléculas estão presentes nas microalgas, com a diferença de que as do biodiesel são maiores.

“Elas têm a mesma classe de moléculas, mas com características químicas diferentes; uma alga descartada para aplicação de biodiesel pode ser usada para bioquerosene”, disse.

Em fevereiro de 2009, o setor aeronáutico estará reunido em Montreal, no Canadá, no Congresso da Associação Internacional de Aviação (Iata) para discutir, entre outros assuntos, o uso das microalgas na produção de bioquerosene. Esse foi também o destaque de um evento promovido pela Boeing em outubro passado.

O projeto da UFF será um dos destaques de um Congresso da Associação Brasileira de Biologia Marinha que será realizado em abril de 2009, na cidade de Búzios, no Rio de Janeiro.
(Agência Fapesp, 11/12)

    
   
  
 
 
 

 

(15/12/2008)