Os alunos dinamarqueses também vivenciaram as práticas dos indígenas ao reproduzirem as típicas pinturas corporais que são feitas durante o ritual (Foto: Divulgação)

Os alunos dinamarqueses vivenciaram as práticas dos indígenas ao reproduzirem as típicas pinturas corporais que são feitas durante rituais (Foto: Divulgação)

Professores de Educação Física ministraram uma oficina indígena para os estudantes intercambistas dinamarqueses que estão sendo recepcionados pelo Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

O objetivo, segundo os professores Flávio de Oliveira e Janaína Garcia, foi apresentar aos intercambistas uma típica marca cultural do Brasil: a luta indígena Huka Huka, praticada pelos povos do Xingu e Bakairi, no Mato Grosso do Sul.

O momento expositivo da oficina esclareceu aos estudantes as informações gerais ligadas à cultura indígena, bem como as características específicas do ritual sagrado Quarup, tratado na oficina. Segundo Janaína, que estuda o conteúdo há quatro anos, a luta é classificada também como uma arte marcial por ser um esporte de combate com princípios filosóficos e que não envolve violência nem uso de armas.

“Consideramos importante esse conteúdo porque precisamos conhecer e mostrar um pouco mais sobre a nossa cultura, e quais são as raízes e influências do povo nativo na nossa cotidianidade”, afirma a docente.

a luta indígena Huka Huka, praticada pelos povos do Xingu e Bakairi, no Mato Grosso do Sul.

Os intercambista se divertiram, também com a luta indígena Huka Huka, praticada pelos povos do Xingu e Bakairi, no Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)

Os alunos dinamarqueses também vivenciaram as práticas dos indígenas ao reproduzirem as típicas pinturas corporais que são feitas durante o ritual sagrado estudado. Além disso, com o apoio dos professores, participaram das lutas praticadas, seguindo todas as regras impostas no combate original do ritual.

A dinamarquesa Halime Hetemi, 18 anos, disse nunca ter ouvido falar sobre a luta, mas conta que gostou de ter passado pela experiência: “Eu realmente amei. Nos aproximamos e interagimos. A parte da pintura também foi muito legal porque me senti íntima dos outros, o que normalmente não acontece muito. A luta foi até engraçada. Eu só não diria que foi difícil porque eu ganhei”, ressalta rindo.

Para finalizar e concluir o objetivo da oficina, alimentos como mandioca, batata doce, milho e frutas brasileiras foram servidos aos dinamarqueses, a fim de mostrar o que a população aprendeu com seus ancestrais nativos e o que incorporaram na cultura atual e no cotidiano.

Outras informações: (32)  3229-7602 (Colégio de Aplicação João XXIII-UFJF)