A vida de um estudante pode se transformar radicalmente na mudança para uma nova cidade. Hábitos diferentes, horários reformulados, obrigações que não podem ser adiadas. A fim de cursar uma faculdade fora de sua cidade natal, ele precisa se desprender da rotina familiar. Por isso, é normal se sentir deslocado no início. A duração dessa sensação, porém, é diferente para cada um. Há quem consiga se adaptar rapidamente, enquanto outros levam um pouco mais de tempo.
Pensando nas questões enfrentadas por essas pessoas, a Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae) criou o programa Fora de Casa. Nele, alunos da UFJF que vêm de outras cidades podem compartilhar suas impressões, conflitos e dificuldades. O programa passou por ampliações e oferecerá no dia 30 de maio, às 9h e às 15h, no Anfiteatro do Instituto de Ciências Humanas (ICH), seu primeiro Seminário de Integração “Fora de Casa”.
Muitas vezes, os problemas com a nova vida podem começar logo de início, na busca por uma moradia que caiba no orçamento da família. As repúblicas e pensões ajudam a dividir os custos da habitação com outras pessoas e são as principais opções para os estudantes. “Morar em pensão, ao mesmo tempo que é bom, porque você sempre tem companhia para fazer algo, também é ruim pelo mesmo motivo, pois dificilmente ficamos sozinhas e temos momentos de total privacidade”, avalia a aluna do 7° período do Bacharelado em Artes e Design, Maria Clara Victor, que divide o quarto com mais três colegas.
O contato entre pessoas de diferentes cidades pode, ainda, provocar um choque de culturas. Não foi diferente para Gustavo Resende, do 3º período de Jornalismo, que, mesmo sendo mineiro, estranhou o jeito “fechado” dos juiz-foranos. “Por ser de Campo Belo, uma cidade do interior, sempre me acostumei com mineiros que conversam muito, se aproximam e constroem laços rapidamente, mas isso não foi empecilho para fazer amizades aqui.”
Com 13 anos, Adiely Barbosa foi diagnosticada com fobia social. Na época, um tratamento psicológico na sua cidade natal, Jaboticabal (SP), a ajudou a lidar com o problema. “Quando cheguei em Juiz de Fora, não havia parentes nem amigos para apoio, e como a comunicação seria essencial, não poderia me isolar. Mas a receptividade de todos ao meu redor foi ótima, então acabei superando. Hoje não vejo tanta dificuldade como antes em fazer novas amizades”, conta a aluna do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas.
Ninguém precisa sofrer sozinho
A UFJF se interessa em ouvir seus alunos, seja por projetos como o Fora de Casa, por meio do serviço de atendimento da Proae ou mesmo através da ouvidoria. Para a equipe de apoio psicológico da Proae, ninguém precisa sofrer sozinho. Além dos pais, familiares e amigos, a Universidade é uma aliada no enfrentamento de problemas psicológicos, pedagógicos e até financeiros. O estudante que se sente desamparado emocionalmente, não consegue se adaptar ao novo ambiente ou que esteja lidando com alguma situação difícil em relação ao seu curso ou aos estudos, deve procurar os canais de atendimento disponíveis.
Grupo Fora de Casa
Seminário de Integração, dia 30 de maio, às 8h ou às 15h, no Anfiteatro 3 do ICH
Atendimento psicológico
Presencialmente, na Proae, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h
E-mail psicologia.proae@ufjf.edu.br / Telefone: 2102-3887
Atendimento pedagógico
Presencialmente, na Proae, de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h
E-mail pedagogico.proae@ufjf.edu.br / Telefone: 2102-3886
Ouvidoria especializada em Ações Afirmativas
Telefone: (32) 2102-6919
Email: ouvidoriaespecializada.diaaf@ufjf.edu.br
Horário: de segunda a sexta das 8h às 12h, das 14h às 18h
Assista ao vídeo do Seminário, clicando aqui