Departamento de Ciências Naturais
Programa Ciensinar/ Apoio: Pró-reitoria de Extensão UFJF – 2019
Material:
● Jornal velho;
● 6 copinhos transparentes, 50ml;
● 3 suportes metálicos para funis (pode ser produzido com restos de madeira);
● 3 funis plásticos (ou garrafas pet cortadas);
● 1 espátula (ou colher);
● Areia;
● Argila;
● Terra preta;
● Calcário em pó (opcional);
● Papel de filtro (de laboratório ou de café).
Procedimentos:
1 – Forre a bancada com jornal para evitar sujeira nas bancadas;
2 – Coloque um funil sobre cada suporte;
3 – Dobre o papel de filtro em quarto, abra e forre o funil com ele;
4 – Usando uma espátula ou colher, encha cada funil até pouco mais da metade com um tipo de solo (areia, argila, húmus – ainda é possível utilizar o calcário em pó); é importante que o volume de solo em cada funil seja o mesmo;
5 – Após colocar o solo, coloque um pouco de água para umedecê-lo; coloque a mesma quantidade em cada amostra. Deixe escorrer bem;
6 – Encha todos os copinhos de água e despeje-a vagarosamente e ao mesmo tempo em todos os funis.
Agora observe e responda às questões abaixo:
a) Quais os tipos de solo que você analisou? Escreva os nomes:
b) Em qual solo foi mais difícil a água passar? Por quê?
c) Examine com atenção cada componente do solo. Anote as diferenças. Por que a água não escoa igualmente em todos os solos?
d) Agora limpe o funil que continha húmus. Faça uma mistura de areia com húmus em um copinho e coloque neste funil. Compare a permeabilidade desta mistura com a permeabilidade
da areia e da argila separadas:
e) Em geral, um bom solo para a agricultura não pode ter uma permeabilidade muito grande e nem muito pequena. Você consegue imaginar o por quê?
f) O solo é formado a partir das rochas. Esses solos vieram do mesmo tipo de rocha?
g) Como se chama o processo de formação do solo a partir da rocha?
h) Explique como se forma o solo a partir da rocha.
ORIENTAÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A):
Este material foi adaptado e aplicado em turmas do 6º ano do Ensino Fundamental, embora seja possível adaptá-lo e aplicá-lo a outros contextos.
A atividade, se for bem desenvolvida e trabalhada em sala, permite a observação de diversos conteúdos de forma integrada, como formação dos solos, formação de reservatórios subterrâneos de água, diferentes camada dos solos e sua importância, assoreamento do solo, dentre outros.
Como é uma atividade cuja ideia é ser totalmente produzida pelos alunos, deve-se instruí-los a manterem a calma e terem cuidado com o excesso de sujeira produzida (cobrir as mesas com jornais ou realizar a atividade em local mais aberto podem auxiliar).
Oriente os alunos a adicionar a água cautelosamente aos filtros, para evitar vazamentos. Sugira que os alunos levem cronômetros e comparem os diferentes tempos que os solos levam para filtrar a água, instigando-os a levantar hipóteses que expliquem essas diferenças.
Caso a escola tenha algum espaço plantado, recolha amostras de terra para serem testadas neste experimento. Outra possibilidade é pedir para que os alunos tragam amostras de terra de suas casas, ou de locais que tenham curiosidade em saber o tipo de solo e a permeabilidade dele.
Muitas vezes por conveniência, o professor pode valer-se do uso de argila comercial em substituição ao solo argiloso; neste caso, a adesão entre os pequenos grânulos de argila será tão grande que quase nenhuma água passará por ela. Para fins didáticos, acreditamos ser possível o uso da argila comercial, no entanto, essa não é uma representação fiel dos solos brasileiros, e precisamos estar atentos a isso na condução da aula, caso contrário pode-se induzir a interpretações equivocadas por parte dos alunos. O solo argiloso brasileiro apresenta boa capacidade de infiltração, visto que as pequenas partículas se agrupam e formam grânulos maiores, que deixam espaços pelos quais a água pode passar. Portanto, caso uma amostra natural seja utilizada, o aluno pode identificar discrepância em relação às definições comumente trazidas pelos livros didáticos. Deve-se estar preparado para lidar com essas situações.
Instrua os alunos a descartarem corretamente os materiais no final da aula (filtro de papel contendo terra pode ser depositado em composteira, caso haja alguma na escola, o “filtrado” na pia e os copos e funis em local adequado).
A prática de permeabilidade do solo é uma atividade aplicável a uma aula de 50 minutos, desde que os materiais estejam disponíveis.
Este material foi produzido pelo Colégio de Aplicação João XXIII e não representa a construção inédita e original de um protocolo de experimentação, mas reflete as experiências, adaptações e reflexões produzidas pelos professores do colégio na sua prática pedagógica. Deve ser entendido, portanto, como uma produção coletiva e em constante aperfeiçoamento. O professor é livre para reproduzir, modificar ou reportar qualquer inviabilidade deste material aplicada a seu contexto profissional, sendo vedado o uso comercial das reflexões produzidas. Este material foi disponibilizado em versão HTML para possibilitar maior acessibilidade dos roteiros ao professor, porém sua proposta pedagógica não contempla estudantes cegos. Trabalharemos para que no futuro atividades como esta sejam disponibilizadas com foco neste público.
Para mais informações, consulte a licença “Creative Commons CC BY-NC-SA”, atribuída a este material.